Paris saiu na frente na fundamental missão de resgatar a gastronomia, o turismo e, por que não, a vida na rua que dá molho a qualquer grande cidade. A vida não pode se limitar a deliveries. A prefeita Anne Hidalgo liberou geral (mas com registro prévio) até pelo menos setembro. Restaurantes, bares e cafés poderão servir na calçada e transformar vagas de automóveis na rua, a Zona Azul deles, em espaço para mesas com certa distância (de graça). Em três bairros (Marais, Montmartre e Montparnasse), 23 ruas foram fechadas ao trânsito de veículos nos fins de semana para espalhar mesinhas.
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Entre as regrinhas civilizatórias, eles precisam fechar às 22 horas, sempre sem música. E controlar os decibéis das conversas de clientes e garçons. Na calçada, espaço precisa ser garantido para a passagem de carrinhos de bebê e cadeirantes, como vemos nas fotos.
A capital francesa ainda criou faixas exclusivas para bicicletas durante a quarentena, para quem quiser evitar o transporte público, mas sem emitir mais CO2 com carro particular. Com alguns limões, Paris está fazendo champanhe. Centro, Vila Madalena e Bixiga poderiam testar isso.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 24 de junho de 2020, edição nº 2692.
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