Bactérias intestinais agem como ‘detonadoras’ de vírus em células

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Um novo estudo demonstrou uma capacidade impressionante e, ao mesmo tempo, assustadora de algumas bactérias intestinais. De acordo com os estudos, os micróbios são capazes de reanimar vírus que estejam dentro de outras bactérias que estejam, digamos, nas imediações.

Ao reanimar os vírus, as bactérias desencadeiam infecções completas, com isso, os vírus conseguem destruir completamente as células de dentro para fora. De acordo com os pesquisadores, tudo isso é desencadeado por uma molécula misteriosa chamada colibactina.

Vizinhança difícil

A convivência das bactérias intestinais é bastante conturbada, já que é normal que elas gerem compostos nocivos, que são exclusivos para atacar uns aos outros. Porém, a arma química adotada pela colibactina é algo nunca visto antes pelos pesquisadores.

No geral, os micróbios geram compostos que atacam diretamente seus alvos, o que gera, uma “guerra justa”. Ao ativar vírus latentes e letais para as outras bactérias, que estão escondidos dentro dos genomas de alguns organismos, o que dá às bactérias que produzem colibactina uma enorme vantagem.

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Os vírus que infectam bactérias são velhos conhecidos dos humanos, que têm nesses compostos uma linha de investigação para o desenvolvimento de novos medicamentos. Essas propriedades são purificadas em laboratório e usadas, inclusive, para potencializar antibióticos.

Velhos conhecidos

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Conhecidos como bacteriófagos, os vírus que infectam bactérias são velhos conhecidos dos cientistas. Crédito: Design Cells/Shutterstock

A colibactina é uma velha conhecida dos cientistas por sua capacidade de causar estragos nas células humanas. Este composto, inclusive, tem a capacidade de danificar o DNA, o que pode ser um agente causador do câncer colorretal.

A molécula recebeu esse nome por ser produzida pelas bactérias intestinais E. coli, e foram descobertas em 2006. Imediatamente, a molécula chamou atenção dos pesquisadores por sua grande complexidade e dificuldade para ser estudada.

A complexidade no estudo da colibactina fez com que ela fosse apelidada de “matéria escura química”. Os pesquisadores levaram nada mais do que 10 anos para estudar a estrutura microbiana responsável pela fabricação das moléculas e o que fazia com que ela danificasse o DNA.

Um precisa do outro

Segundo os pesquisadores, sozinha, a molécula, que é grande e instável, não é capaz de entrar nas células e danificar o DNA. Porém, em contato com alguns tipos de vírus, que conseguem infectar bactérias e se manterem adormecidos, as moléculas podem despertar os vírus e fazê-los explodir as células.

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Apesar de ser um “detonador” para que os vírus explodam como minas terrestres, a colibactina não tem apenas um lado negativo. O dano que ela causa ao DNA das bactérias intestinais vizinhas pode causar alterações genéticas ao invés da morte, o que pode beneficiar as produtoras das moléculas.

Agora, o próximo passo da pesquisa é investigar como o composto altera a comunidade de bactérias intestinais. Entre os aspectos que serão estudados, estão quais micróbios prosperam e quais desaparecem após serem expostos à colibactina.

Via: HHMI

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