Júpiter pode ter ajudado a formar a Lua da Terra durante “grande instabilidade” do Sistema Solar

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Um evento conhecido como “grande instabilidade” parece ter ocorrido entre 60 milhões e 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar, desencadeando mudanças significativas nos planetas e suas órbitas.

Essa fase foi reconstruída através de meticulosas investigações científicas que conectaram um tipo específico de meteorito a um asteroide que foi impactado por esses planetas em movimento.

Representação artística do gigante gasoso Júpiter. Crédito: Vadim Sadovski / Shutterstock

Além disso, os autores da pesquisa (descrita em um artigo publicado na revista científica Science) sugerem que a migração planetária, especialmente de Júpiter, pode ter influenciado a formação da Lua da Terra. 

Como Júpiter teria influenciado na formação da Lua

Acredita-se que essa migração desestabilizou a órbita de um protoplaneta do tamanho de Marte chamado Theia, resultando em uma colisão com a Terra e lançando detritos para o espaço que eventualmente se uniram para formar a Lua.

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As análises das composições e localizações de asteroides e cometas indicam que esse evento catastrófico ocorreu nos estágios iniciais da história do Sistema Solar. No entanto, ainda existem mistérios a serem desvendados sobre os detalhes exatos desse processo.

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Representação artística do grande impacto que deu origem à formação da Lua e teria sido influenciado pela atração gravitacional de Júpiter. Crédito: Dana Berry/SwRI.

Por exemplo, os cientistas observam que os objetos do Sistema Solar, incluindo a Terra, se formaram a partir de um disco de gás e poeira ao redor do Sol. Todavia, alguns objetos, como asteroides e cometas, parecem conter material que não estava presente no disco original ou não deveria estar onde estão agora. Isso levanta a possibilidade de migração desses objetos ao longo do tempo, assim como ocorreu com os planetas gigantes.

No passado, os quatro gigantes gasosos do Sistema Solar (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) estavam mais próximos um do outro. Com o tempo, interações gravitacionais com outros corpos celestes fizeram com que Saturno, Urano e Netuno se afastassem, enquanto Júpiter se aproximava do Sol. Esse movimento de Júpiter pode ter desencadeado a instabilidade orbital que afetou objetos mais próximos do Sol. A teoria por trás dessa instabilidade é chamada de “Modelo de Nice”, em referência à cidade francesa onde foi concebida. 

Estudos detalhados de meteoritos chamados condritos de enstatita EL, que têm baixa abundância de ferro e é muito semelhante em composição e proporção isotópica ao material que formou a Terra, forneceram pistas importantes sobre esse período de instabilidade. 

O rastreamento desses meteoritos até a família de asteroides Athor, localizada no cinturão de asteroides (região situada aproximadamente entre as órbitas de Marte e Júpiter), sugere que a instabilidade orbital pode ter dispersado o progenitor dessa família para sua posição atual.

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Usando simulações e dados sobre asteroides troianos de Júpiter, os cientistas conseguiram estimar que a grande instabilidade ocorreu entre 60 e 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. Essa janela de tempo também coincide com a colisão que formou a Lua da Terra.

Embora não seja possível provar definitivamente a influência de Júpiter na formação da Lua, as evidências sugerem fortemente essa conexão.

A história do Sistema Solar é uma narrativa de eventos catastróficos e transformações lentas que deram origem aos corpos celestes que conhecemos hoje. O estudo desses eventos não só nos permite reconstruir o passado distante, como também lança luz sobre o futuro do nosso próprio planeta.

Ao olhar para a Lua brilhando no céu noturno, podemos agora vê-la não apenas como um objeto celestial fascinante, mas como um vestígio dos eventos dramáticos que moldaram o Sistema Solar. 

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