Na terça-feira (20), a Xiaomi divulgou o balanço financeiro do segundo trimestre de 2019. A companhia, que conquistou os corações de muitos brasileiros e até abriu uma loja no país neste ano, teve crescimento de 15% entre abril e junho em relação ao mesmo período de 2018. O aumento de receita no período, porém, ficou abaixo das expectativas.
De acordo com o relatório, a receita total da empresa passou de ¥ 45,2 bilhões (cerca de R$ 25,8 bilhões), em 2018, para ¥ 51,9 bilhões (R$ 29,6 bilhões), em 2019. Segundo a Reuters, analistas estimavam ganhos ligeiramente maiores, de ¥ 53,5 bilhões (R$ 30,5 bilhões).
Ainda assim, a Xiaomi superou as previsões de lucro ajustado (que inclui eventos não recorrentes). A empresa registrou ¥ 3,64 bilhões (R$ 2,07 bilhões) — a projeção era de ¥ 2,74 bilhões (R$ 1,55 bilhão) —, o que representa crescimento de 72% em relação ao mesmo período em 2018.
Um dos principais motivos para os números positivos é a expansão do setor de internet das coisas (Internet of Things – IoT) e lifestyle da marca, que é alvo de muitos investimentos. A divisão teve crescimento anual de 44% no segundo trimestre e receita de ¥ 14,9 bilhões (R$ 8,49 bilhões). No relatório, a Xiaomi aponta que os resultados se devem à crescente demanda por smart TVs, aparelhos de ar condicionado e outros produtos de IoT, como a Mi Band, o patinete elétrico e o purificador de água.
A Xiaomi, que é, por essência, uma fabricante de smartphones, também não decepciona nos números de seus principais produtos. Os celulares da companhia registraram 32 milhões de vendas em todo o mundo de abril a junho de 2019 — uma participação de 61,6% nas receitas totais da organização. Segundo a Reuters, entretanto, na China houve queda. Isso aconteceu em razão do crescimento menor da economia chinesa e do apoio de consumidores à Huawei em meio à guerra comercial com os EUA.
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