Startup cria ferramenta para bares e restaurantes venderem pelo WhatsApp

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A noite desta quinta-feira, 9, véspera de feriado, terá ruas vazias nas maiores cidades do Brasil. E com metade da população em isolamento social e muitas cidades proibindo o comércio não-essencial de abrir. Entre os mais afetados pela pandemia estão bares e restaurantes: antes lugares de socialização, os espaços estão majoritariamente fechados ou trabalhando somente com entregas.

Na teoria, dá para salvar parte das vendas do mês focando as operações no delivery. Na prática, a realidade é mais dura. Pequenos e grandes estabelecimentos encontram dificuldades para realizar vendas online, porque muitos não tinham uma estrutura de vendas montada para a internet.

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Foi ao ouvir as reclamações de alguns destes estabelecimentos que o empresário Felipe Lo Sardo e sua equipe decidiram criar, em poucos dias, uma opção para facilitar as vendas onlines do comércio. Lo Sardo é fundador e presidente da startup Goomer, especializada em digitalização de restaurantes e terminais de autoatendimento — responsáveis pela digitalização de clientes como KFC, Spoletto e Jeronimo Burger.

A empresa lançou agora a ferramenta GoomerGo, que permite ao estabelecimento comercial colocar seu cardápio online e receber pedidos de forma automática pelo WhatsApp. Com só duas semanas no ar, a plataforma já atraiu mais de 2.500 estabelecimentos. “A projeção é chegar a 10.000 já em meados de abril”, diz Lo Sardo.

Todo o intuito da ferramenta é possibilitar que estes pequenos negócios, que não tinham operação online, possam vender pela internet de forma mais organizada — e não recebendo vários pedidos despadronizados no WhatsApp ou via cardápios enviados em arquivo PDF, como é comum em pequenos negócios. “O cliente vai lá e pergunta se tem tal sabor, se pode trocar, quanto custa para adicionar um extra… Só nisso, o restaurante perde muito tempo. Na plataforma, na hora de fazer o pedido, já é possível checar todas essas informações”, diz Lo Sardo.

A startup diz que, com o GoomerGo, consegue aumentar as vendas do estabelecimento em 20% na internet em relação ao uso comum do WhatsApp ou de outros canais de vendas online.

Para vender, o estabelecimento precisa divulgar o link de seu cardápio na Goomer para os clientes — não há um “aplicativo” da Goomer que reúne os restaurantes, como no caso de iFood, Rappi ou UberEats. Ao ir até o cardápio, o cliente faz o pedido de forma padronizada, com as ferramentas da interface da Goomer, adaptadas para cada restaurante. Depois, a plataforma gera um texto no WhatsApp de forma padronizada, que o cliente envia ao restaurante. Migrado o pedido para o WhatsApp, o cliente e o atendente do restaurante podem continuar conversando.

A startup conseguiu também uma parceria com a cervejaria Heineken, que está incentivando os bares e restaurantes que vendem a cerveja a oferecerem os produtos na plataforma. A Heineken também vai patrocinar a divulgação dos cardápios dos parceiros por meio de seu time de vendas.

“A plataforma GoomerGo surge como uma solução importante para os bares e restaurantes menores que muitas vezes não possuem nenhuma forma de e-commerce”, disse em nota à EXAME Jussara Calife, diretora de Trade On Premisse e Off Premise do Grupo Heineken no Brasil. O objetivo, diz a cervejaria holandesa, é ajudar os pequenos negócios a se manterem rentáveis em meio à pandemia.

Mesmo antes do começo oficial da quarentena, bares, restaurantes e outros pontos comerciais físicos já viam a operação ser amplamente reduzida. Mesmo em meados de março, a Goomer já notava queda de 25% nos pedidos em seus terminais físicos. No Brasil, o segmento de bares e restaurantes teve queda de 43,4% do começo de março até o dia 6 de abril, segundo dados da Cielo. A venda de bebidas alcoólicas também caiu 52% na segunda quinzena de março, de acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).

Tecnologia nos restaurantes

Lo Sardo e os colegas Rafael Laganaro e Daniel Wassano, co-fundadores e hoje também diretores da Goomer, começaram a trajetória no empreendedorismo em 2014. Naquele ano, criaram serviços de autoatendimento para facilitar check-in e check-out em hotéis — em meio ao auge do otimismo com o turismo no Brasil em meio à Copa do Mundo daquele ano e às Olimpíadas de 2016.

A relação os fez se aproximar de restaurantes nos próprios hotéis. Foi no setor de alimentação que o trio percebeu que havia uma oportunidade para ajudar os espaços a se digitalizar. “Os restaurantes ainda não haviam feito mudanças de tecnologia para aprimorar seus processos, e viam a margem que era de 20% cair para 15%, 10%”, diz Lo Sardo.

A Goomer trouxe então processos de inovação e digitalização dos restaurantes. O fundador conta que muitos restaurantes tinham medo de, ao implementar tecnologia, perder a humanização do contato com o cliente. A Goomer oferece soluções como, por exemplo, cardápio em tablets e celulares para o garçom, de modo a digitalizar e tornar mais rápidos os pedidos. “Com o tempo, eles viram que, se o garçom gasta menos tempo anotando os pedidos, sobra mais espaço para dar um melhor atendimento ao cliente”, diz Lo Sardo. Com a ferramenta, o garçom economiza um terço do tempo, diz a Goomer.

Depois do cardápio automatizado, a empresa lançou sua ferramenta mais conhecida até hoje, que são os terminais de autoatendimento. “Vimos que havia espaço também para melhorar as praças de alimentação, onde havia muita fila e atendimento ruim”, diz. Dentre os clientes, estão nomes como Madero, KFC, Gendai e Jerônimo (neste último, todo o pedido é feito pelo próprio cliente nos terminais).

goomer Startup cria ferramenta para bares e restaurantes venderem pelo WhatsApp Plataforma da Goomer: vendas gratuitas pelo WhatsApp

Plataforma da Goomer: vendas gratuitas pelo WhatsApp (Goomer/Divulgação)

Com os dados que coleta com o autoatendimento, a Goomer quer cada vez mais ajudar os restaurantes a otimizar o cardápio e a relação com os clientes como um todo. “Ninguém mais acha bom ir a um restaurante e encontrar um cardápio com dezenas de opções que você nem sabe o que é. Ajudamos os lugares a conhecer o que de fato o cliente quer”, diz Lo Sardo.

A ideia de lançar uma ferramenta de contato direto com os clientes já existia, embora o empresário ainda não estivesse certo sobre qual formato usar. Mas o plano foi acelerado — e as dúvidas foram solucionadas — em meio à pandemia e pela própria demanda das empresas clientes.

Neste cenário, há espaço para bricar com grandes nomes de plataformas de refeição, como Rappi, iFood e UberEats depois da pandemia? Lo Sardo afirma que em plataformas mais consolidadas de delivery, é difícil para os pequenos restaurantes se destacarem e conseguirem fidelizar um cliente em meio a tantas opções.

Além disso, na visão do fundador da Goomer, a maior vantagem do GoomerGo é possibilitar ao restaurante ou bar continuar mantendo contato direto com seu cliente via WhatsApp. “Eu te diria que, antes da pandemia, realmente não dava para brigar com o iFood”, diz Lo Sardo. “Mas tudo mudou em poucos dias.”




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