O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, está deixando o cargo, disseram duas fontes do governo fluminense, após uma série de denúncias que resultaram em operações da polícia e do Ministério Público para combater irregularidades em contratos com fornecedores.
Santos, que assumiu a pasta com a eleição do governador Wilson Witzel, perdeu força nos últimos dias em meio a problemas no combate à covid-19 e a denúncias de irregularidades em contratações e em compras emergenciais.
“Ele está de saída mesmo”, disse uma das fontes. “O objeto é conseguir entregar os hospitais de campanha e resolver pendências”, disse uma segunda fonte.
A inauguração de mais um hospital de campanha nesse domingo acabou não ocorrendo e não foram dadas maiores explicações para a entrega da unidade de São Gonçalo, que estava prevista para acontecer no fim do mês passado.
Segundo as fontes, que pediram anonimato, o nome do sucessor não foi definido, mas o médico Fernando Ferry, diretor do hospital Gaffrée e Guinle, seria um dos cotados para o cargo.
Neste mês, cinco pessoas foram presas, acusadas de obter e conceder vantagens em contratos emergenciais para combate ao coronavírus. Entre os presos, está ex-subsecretário de Saúde, Gabriel Neves e o substituto, Gustavo Borges.
Na semana passada, em mais duas operações da Lava Jato e do MP, 15 pessoas foram presas acusadas de irregularidades e vantagens em contratos com a Secretaria da Saúde do Estado.
Em uma das investigações, duas pessoas citam Witzel, que nega qualquer irregularidade e em carta aos secretários disse que vai prestar esclarecimentos ao STJ nos próximos dias.
Procurado, o governo fluminense informou que não tinha o informações sobre eventual pedido de demissão de Santos.
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