O Facebook e o Twitter tiveram muito a responder após escândalos de fake news em 2016. As ferramentas foram usadas para disseminar informações falsas a respeito dos dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos na época, Hilary Clinton e Donald Trump. A prática não ocorreu somente no país norte-americano. As redes sociais também foram palco de fake news no Reino Unido, com o Brexit, e no Brasil, nas eleições do ano passado.
Segundo um relatório do Centro de Negócios e Direitos Humanos da Universidade de Nova York, Instagram e WhatsApp podem ser as novas ferramentas mais utilizadas para alastrar informações imprecisas sobre os candidatos de 2020.
Apesar dos recentes escândalos envolvendo o Facebook nesta questão, um relatório do ano passado do Comitê de Inteligência do Senado revelou que a rede social favorita da desinformação era, na verdade, o Instagram. “O Instagram não tinha o mesmo conjunto de regras ou capacidades para identificar informações falsas que seu irmão mais velho, o Facebook”, disse Paul Barrett, professor de Direito da NYU.
Com o intuito de frear a rapidez com que essas informações são divulgadas, o Instagram e o WhatsApp adotaram novas medidas. Em agosto, o Instagram integrou uma ferramenta que identifica informações falsas, a fim de proteger seus usuários. O WhatsApp seguiu a mesma e limitou o encaminhamento de mensagens para grupos de bate-papo. Antes, era possível encaminhar mensagens para até 256 grupos de uma vez, já hoje, o número não passa de cinco.
Para Barrett, tais medidas não são suficientes. O professor acredita que o Instagram deveria adotar ferramentas de proteção semelhantes às do Facebook, que consiste em 54 parceiros de verificação de fatos em 24 idiomas. Com relação ao WhatsApp, Barrett diz que a plataforma deve tratar com ainda mais rigidez a questão e limitar o encaminhamento de mensagens para somente um grupo por vez.
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