Protetor solar do futuro pode ter inspiração nos polvos; entenda

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Protetor solar do futuro pode ter inspiração nos polvos; entenda
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Os dermatologistas que me perdoem, mas eu não passo protetor solar todos os dias. E posso apostar aqui com vocês que mais da metade da população mundial faz exatamente a mesma coisa (embora não possa comprovar cientificamente). Você mesmo que está lendo esse texto agora: duvido que você se proteja diariamente dos raios ultravioletas.

Eu, por outro lado, sempre passo o protetor quando vou à praia. E nunca tiro o excesso quando entro no mar. Mais uma vez, não existe pesquisa que meça isso, mas aposto de novo que a maioria das pessoas faz o mesmo.

Só que essa prática aparentemente inofensiva causa prejuízo à fauna e flora marinhas. O acúmulo de algumas das substâncias contidas nesses produtos, como a oxibenzona e o octilmetoxicinamato, provoca alterações no meio ambiente, principalmente nos corais, podendo levar ao branqueamento deles. Primeiro eles perdem a cor e depois morrem.

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E não estamos falando de pouco protetor solar nos oceanos. De acordo com a organização ambientalista Green Cross, despejamos algo em torno de 25 mil toneladas desse material nos mares. Especialistas estimam que, desse total, pelo menos 6 mil toneladas atingem os recifes de corais.

Ah, mas os corais têm tanta importância assim? A resposta é sim! Os recifes de corais servem de abrigo para pelo menos um quarto de toda a vida marinha. Além disso, eles são fonte de proteínas para algumas espécies — e são ingredientes para alguns medicamentos do ser humano.

Pensando nisso, um grupo de cientistas criou um protetor solar que é inofensivo para o meio ambiente. Isso acontece porque um dos principais ingredientes é o mesmo que pigmenta a pele de polvos e lulas.

Um protetor solar sustentável

  • As químicas Leila Deravi e Camille Martin, da Northwestern University (EUA) passaram anos estudando uma substância chamada Xanthochrome (xantocromo).
  • Ela é a versão sintetizada da xantomatina, uma importante molécula de pigmento encontrada na pele de cefalópodes, como polvos e lulas.
  • Ela tem ainda um papel central na mudança de cor desses animais, quando se camuflam de predadores.
Camille Martin (à esquerda) e Leila Deravi são cofundadoras da Seaspire – Imagem: Divulgação/Northwestern University
  • Durante as pesquisas, as cientistas perceberam que esse composto possui propriedades antioxidantes.
  • E que, quando misturado ao óxido de zinco, pode ser usado na pele humana, formando um escudo contra a radiação solar.
  • Um escudo que, além de proteger dos raios, cuida da nossa pele por causa das propriedades antioxidantes e não polui os oceanos.
  • A pesquisa foi publicada no International Journal of Cosmetic Science.

Os próximos passos da invenção

A ideia das duas químicas começou em 2019. Existe até um vídeo que mostra as cientistas falando sobre o assunto naquela época.

Foi quando decidiram entrar de cabeça no projeto e criaram uma empresa de biotecnologia inspirada no mar. O nome? Seaspire.

Em 2022, a Seaspire conseguiu levantar US$ 4 milhões em financiamento de investidores para pesquisa e desenvolvimento.

Hoje, dois anos depois, elas dizem que estão próximas de uma espécie de linha de chegada. Agora, seu objetivo é formar novas parcerias para levar o xantocromo do laboratório para o mercado.

Segundo elas, o principal objetivo não é desenvolver um produto cosmético próprio da marca delas, mas sim tornar essa substância acessível, para que ela possa virar um ingrediente-chave para outros fabricantes.

A equipe enxerga esse composto como um ingrediente de última geração que pode ser adicionado a outras fórmulas e agir como um reforço eficaz para protetores solares à base de minerais. E com consciência ambiental. Algo que deveria ser prioridade número 1 para quase todas as empresas atualmente.

As informações são do New Atlas.

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