Morreu nesta quarta-feira (3) em São Paulo a pioneira drag queen Miss Biá, persona do maquiador Eduardo Albarella. A também atriz, transformista e maquiadora tinha 81 anos e foi vítima da Covid-19.
Uma das drag queens pioneiras do país, Miss Biá tinha 60 anos de carreira e fez inúmeras performances durante o período de ditadura militar no Brasil, quando a perseguição aos LGBTQ já era praticada pelo Estado brasileiro. Paulistana nascida no Brás, a artista também inspirou um documentário produzido pelo Museu da Diversidade Sexual — a produção está disponível no YouTube, em quatro partes. Miss Biá também ficou conhecida ao homenagear Hebe Camargo em suas produções.
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“Miss Biá era uma lenda. Era gigante. Perdemos hoje uma pioneira. Alguém que, em tempos de ditadura, ousou ser artista, ousou ser drag queen — ou transformista, como se dizia na época. Alguém que homenageava a maior apresentadora da TV brasileira, Hebe Camargo, com seu trabalho e sentou no sofá mais famoso do país, em um tempo de grande preconceito”, lamentou o apresentador Fernando Oliveira em publicação no Instagram. “Miss Biá é mais uma que perdemos para a Covid. Miss Biá merece todas as homenagens e deixa um legado imenso. Que falta ela fará”.
View this post on InstagramA post shared by Fernando Oliveira (@fefito) on Jun 3, 2020 at 11:45am PDT
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