Nova política industrial do Brasil prevê investimentos em IA e chips semicondutores

O governo federal anunciou que irá destinar R$ 300 bilhões nos próximos quatro anos para a realização de um novo plano de política industrial. Batizado de Nova Indústria Brasil (NIB), ele prevê investimentos em diversas áreas, como inteligência artificial, robótica e chips semicondutores, por exemplo.

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IA e chips semicondutores

Um dos pilares do novo plano do governo é a transformação digital da indústria brasileira. Atualmente, somente 23,5% do setor é digitalizado. A meta é promover a transformação digital de 90% das indústrias nacionais e triplicar a participação da produção brasileira em segmentos de novas tecnologias.

É importante que voltemos a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada, como o mundo exige hoje, e que possamos superar esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido. Chegamos a ser a sexta economia do mundo. Voltamos para 12ª, e agora subimos para 9ª – mas porque os outros caíram. Isso não é motivo de orgulho.

Presidente Lula

O governo reconhece alguns desafios. Entre eles, a formação e a capacitação em TIC e semicondutores no ensino superior, a disseminação do uso de plataformas digitais nacionais nos diversos setores da economia e a redução de dependência de soluções importadas, “geradas pelo baixo desenvolvimento de hardware no país”. 

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O plano define como áreas prioritárias a indústria 4.0, produtos digitais e semicondutores. Para atingir os objetivos propostos, as autoridades estabelecem a prioridade de financiamento com recursos não reembolsáveis para projetos nas áreas de semicondutores, tecnologias digitais disruptivas e smart factories. E com recursos reembolsávels (TR + 2% ao ano) para semicondutores, robótica avançada e IA generativa.

Outros pilares do plano

• Além da transformação digital, o Nova Indústria Brasil foca em outros temas.
• São eles: agricultura sustentável; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis; bioeconomia, descarbonização e transição energética; e tecnologia para soberania e defesa nacionais.
• Dos R$ 300 bilhões previstos para os próximos quatro anos, R$ 271 bilhões serão destinados a crédito, R$ 21 bilhões serão não reembolsáveis e R$ 8 bi serão aplicados em participações acionárias. Desse total, R$ 66 bilhões serão para projetos de inovação.
• A nova política industrial do país foi elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), composto por 20 ministérios, 21 entidades setoriais, 16 entidades da sociedade civil e o BNDES.

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