Nissan e Ghosn concordam em pagar US$ 16 mi em acordo nos EUA

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Ex-presidente da empresa, executivo brasileiro é acusado de omitir o recebimento de US$ 140 milhões em benefícios

Por da Redação

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24 set 2019, 10h35

O brasileiro Carlos Ghosn e a Nissan concordaram em pagar 1 milhão de dólares (4,2 milhões de reais) e 15 milhões de dólares (62,6 milhões de reais), respectivamente, para liquidar as acusações de fraude contra o ex-presidente da empresa. A montadora é acusada de colaborar com ele. A informação foi dada pela Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, em inglês), agência reguladora do país, na noite de segunda-feira 23.

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Segundo a SEC, espécie de Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, Ghosn recebeu 140 milhões de dólares (584 milhões de reais) que foram omitidos dos relatórios financeiros da Nissan, entre 2009 e 2018. Desse total, 90 milhões de dólares foram destinados para sua aposentadoria e outros 40 milhões de dólares como forma de benefícios extraordinários. De acordo com a agência reguladora, para isso, ele recebeu auxílio do ex-diretor da empresa, Greg Kelly, que fechou acordo de 100.000 dólares para que a ação fosse liquidada, e de outros membros da própria Nissan.

Além da multa financeira, Ghosn também não poderá exercer cargos executivos e de direção em companhias abertas pelos próximos dez anos. Para Kelly, a punição é de cinco anos. A Comissão disse que os executivos e a empresa chegaram a um acordo sem admitir ou negar se as acusações contra ele eram verdadeiras ou não.

Carlos Ghosn foi preso no Japão no final de 2018 por fraudes envolvendo sua atuação na Nissan. O executivo de 65 anos comandava a aliança Mitsubishi-Renault-Nissan e foi indiciado duas vezes por não declarar todos os rendimentos entre 2010 e 2018 nos documentos que a fabricante de automóveis entregou às autoridades financeiras japonesas. Ele também foi acusado por abuso de confiança, por tentar fazer com que a companhia compensasse as perdas em seus investimentos pessoais durante a crise financeira de 2008.

Em 6 de março deste ano, Ghosn foi libertado, após 108 dias de detenção. Foi exigido o pagamento de fiança na casa de 1 bilhão de ienes (cerca de 35,1 milhões de reais). Ele voltou à prisão no começo de abril, mas foi solto novamente, no mesmo mês, depois de pagar fiança fixada em 500 milhões de ienes (cerca de 4,46 milhões de dólares). Ghosn, no entanto, não pode deixar o Japão. Em agosto, sua mulher Carole Ghosn, disse estar impedida de vê-lo desde sua soltura e pediu ajuda ao governo brasileiro para resolver a situação.

(Com Agência Brasil)

 



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