Ricardo Lima era adolescente quando viu, pela TV, os shows de Iron Maiden e Scorpions no primeiro Rock in Rio. Ficou frustrado. Queria estar lá pessoalmente, mas não tinha condição financeira. No começo da tarde desta sexta-feira (4), 34 anos depois, o paulista já estava posicionado no gargalo do Palco Mundo para ver as duas bandas pela terceira e primeira vez, respectivamente.
— É a realização de um sonho — diz ele.
A história de Lima é como a de muitos metaleiros de meia-idade que povoam a Cidade do Rock neste dia de sol escaldante. O perfil etário mais velho é uma característica que se destaca entre os fãs do metal, conhecidos pela resiliência física — e pela dedicação ao gênero ao longo do tempo.
— A gente não deixa de gostar das coisas que são boas, e o metal é um gênero atemporal e com muita personalidade, não é simplesmente uma moda — define o empresário Marcelo Gimenez, 64 anos, que viu os Scorpions na edição de 1985 e vai repetir a dose nesta sexta.
Menos álcool para aguentar o tranco
Não que a disposição permaneça a mesma da juventude. As histórias mais comuns são de cinquentões e sessentões que reduziram o consumo de álcool para aguentar o tranco. Nessa idade, dizem, manter-se hidratado é ainda mais importante. Além disso, as responsabilidades aumentam. Muitos trouxeram os filhos para a Cidade do Rock.
Buscando refúgio num pedaço de sombra com a família, o servidor público Reginaldo Antônio, 56 anos, veio de Uberaba, Minas Gerais, para ver Iron Maiden pela primeira vez.
— Quando vem o estrondo da guitarra do palco, a emoção é sempre a mesma, nada mudou em todos esses anos. A gente se sente rejuvenescido, não lembra do amanhã e de mais nada, os problemas acabam e a mente fica limpa — diz Reginaldo, que já vai começar a economizar para voltar no do dia do metal do Rock in Rio 2021.
Ostentando grandes barbas e cabelos brancos, o servidor público Julião (ele diz que é conhecido assim mesmo, sem sobrenome), 50 anos, estava acompanhando a banda Nervosa, no Palco Sunset. Veio pelo evento como um todo, mas diz ter preferência por Helloween e Iron Maiden.
— Sou um piausense que chegou em Brasília no boom do rock, o gosto pelo metal veio naturalmente, e garanto que dos 14 anos pra cá nada mudou. Quando ouço uma guitarra na passagem de som é uma coisa inexplicável, não é racional, eu me arrepio todo — diz Julião.
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