Brasileiros de todos os cantos do País se reuniram em manifestações contra e a favor à Ditadura Militar neste domingo (31), dia em que os militares deram o golpe no então presidente João Goulart (Jango).
No centro do Rio de Janeiro, manifestantes vestidos de preto estão reunidos na tarde deste domingo para o ato “Ditadura Nunca Mais”. A concentração começou nas escadarias da Câmara dos Vereadores.
Em um carro de som, políticos estão se revezando para fazer discursos, como o ex-deputado federal Chico Alencar (PSOL). Os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também estão no local.
“É de cuspir o que fez o presidente Jair Bolsonaro, chamar essa celebração. É canalha mesmo. A gente sabe que ainda há tortura do Brasil”, disse Jandira, ao discursar de cima do carro de som, numa referência à recomendação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, para que os militares fizessem atos em memória ao aniversário de 55 anos, completados neste domingo, do golpe de Estado de 1964, que instaurou o regimeexceção que duraria até 1985.
Em São Paulo, dois atos contra a ditadura marcaram o domingo: um deles na Avenida Paulista, região central, e outro no Parque Ibirapuera, na Zona Sul.
No Ceará, manifestantes se uniram no calçadão da Praia de Iracema em ato contra a ditadura.
Em Goiás e em Minas Gerais foram feitas manifestações a favor do golpe militar. Em Belo Horizonte, capital mineira, também aconteceu um ato contrário à ditadura.
Outros locais como Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pará também tiveram manifestações contra o Golpe de 1964.
No Distrito Federal, 450 pessoas se reuniram, segundo a Polícia Militar, para protestar contra a ditadura. De acordo com os organizadores, o número é maior e chega a 600 participantes. O discurso do ato ficou a cargo do filósofo Joao Vicente Goulart, filho de Jango.
Veja fotos dos atos contrários ao golpe de 1964: