Justiça da Venezuela proíbe Guaidó de ocupar cargos públicos por 15 anos

110
Anúncio Patrocinado


Caracas – O controlador-geral da Venezuela, Elvis Amoroso, anunciou nesta quinta-feira que o chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, foi proibido de ocupar cargos públicos por 15 anos.

Em anúncio exibido pela emissora estatal “VTV”, Amoroso afirmou que a Justiça da Venezuela “presume” que Guaidó falsificou ou ocultou dados de sua declaração de patrimônio, tendo recebido dinheiro de entidades internacionais e nacionais sem informar o governo.

Segundo o controlador-geral, Guaidó realizou desde 2015 mais de 90 viagens para o exterior. Os custos seriam de 310 milhões de bolívares (cerca de US$ 94 mil, na cotação oficial do câmbio venezuelano), mas não esclareceu como pagou pelas despesas.

Muitas dessas viagens ocorreram com “aeronaves particulares”.

Anúncio PatrocinadoGestor de Tráfego - Do Mil ao Milhão: Torne-se um Especialista em Tráfego Pago

Amoroso ainda afirmou que Guaidó permaneceu fora da Venezuela por 248 dias desde quando venceu as eleições para deputado da Assembleia Nacional. A Controladoria Geral calculou que o líder opositor gastou 200 milhões de bolívares (cerca de US$ 60,7 mil) para se hospedar em hotéis de luxo fora do país.

“Os valores não batem com o salário de um deputado venezuelano”, disse Amoroso, que revelou que pedirá aos hotéis onde Guaidó ficou hospedado para esclarecer como ele pagou pela estadia.

O controlador-geral não explicou a data de início da proibição, mas acrescentou que Guaidó será multado. Amoroso também não revelou qual o valor que o líder da oposição terá que pagar à Justiça.

Guaidó, que apresenta hoje o chamado Plano País, programa de governo que a oposição espera colocar em andamento assim que assumir o poder, não reagiu de forma imediata ao anúncio do controlador.

O Ministério Público da Venezuela já abriu duas investigações contra Guaidó. Uma delas está ligada à autoproclamação do opositor como presidente interino na Venezuela e outra com o suposto envolvimento dele com o primeiro blecaute que atingiu o país.

O líder da oposição é reconhecido por cerca de 50 países, entre eles o Brasil, como presidente interino do país. A autoproclamação elevou a tensão política, já que Nicolás Maduro segue no poder com o apoio da maior parte dos militares venezuelanos.



Source link

Anúncio