Justiça afasta prefeito “tiktoker” de Sorocaba (SP) após investigação por corrupção

Na manhã desta quinta-feira (6), o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, foi afastado do seu cargo após ação da Polícia Federal (PF) que investiga possíveis casos de corrupção na área da saúde. Quem assume a posição é Fernando Neto. Manga ficou conhecido nacionalmente por seus vídeos no TikTok.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, segundo a PF. A Operação Copia e Cola tem como objetivo apurar supostas práticas ilegais envolvendo a contratação de uma organização social sem fins lucrativos pela Prefeitura Municipal de Sorocaba, no interior de São Paulo.

O esquema teria sido feito por meio de contrato emergencial e termo de convênio destinados à gestão de unidades de saúde. A Justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens de alguns dos investigados, com valor estimado em R$ 6,5 milhões.

Eleito em 2024, o prefeito ganhou fama ao postar vídeos que combinavam humor e atividades políticas na rede social. Atualmente, seu perfil na rede soma mais de 3 milhões de seguidores e mais de 80 milhões de curtidas.

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Posicionamento de Rodrigo Manga

O político publicou um vídeo em seu perfil no Tiktok, em que declara: “Acreditem se quiser, me afastaram do cargo de prefeito”. Manga conta está em Brasília e que, ontem em frente ao Palácio da Justiça, fez declarações militaristas, em que dizia ser necessário “colocar o exército na rua”.

https://vt.tiktok.com/ZSym1sVmc/

“Eu quero dizer para vocês que eu não vou desistir de Sorocaba, não vou desistir do Brasil”, afirmou. Ele ainda alega que vai confirmar os fatos. No entanto, não faz qualquer declaração acerca da investigação por corrupção.

Desdobramento da 1ª fase da operação

Segundo a PF, análise do material apreendido na primeira fase da operação, em 10 de abril de 2025, permitiu identificar novos suspeitos de envolvimento no esquema. O prefeito já havia sido um dos alvos nessa primeira etapa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.

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