Investigação aponta novos indícios de corrupção na Odebrecht

86
Anúncio Patrocinado


A Odebrecht assumiu, em 2016, que comandava um enorme esquema de corrupção em diversos países na América Latina. No entanto, o rombo pode ter sido muito maior. Uma investigação liderada pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) revela novos documentos e pagamentos realizados para fraudar licitações e obter contratos de construção que ainda não foram revelados perante a Justiça.

Registros vazados de uma divisão da Odebrecht, o Setor de Operações Estruturadas, foram obtidos pelo site equatoriano La Posta e compartilhados com o ICIJ e 17 parceiros de mídia das Américas. No Brasil, jornalistas de ÉPOCA e do site Poder 360 participaram da investigação.

São mais de 13 mil documentos que mostram novos pagamentos secretos feitos pela companhia, a partir do setor criado especificamente para gerenciar os subornos da construtora, que não haviam sido relatados até hoje.

Entre eles, estão 39 milhões de dólares pagos em conexão com a gigante usina a carvão de Punta Catalina, na República Dominicana, 17 pagamentos de cerca de 3 milhões de dólares relacionados a um gasoduto peruano, cerca de 18 milhões de dólares ligados ao sistema de metrô na Cidade do Panamá e mais de 34 milhões de dólares ligados à Linha 5 do sistema de metrô em Caracas, Venezuela.

Anúncio PatrocinadoGestor de Tráfego - Do Mil ao Milhão: Torne-se um Especialista em Tráfego Pago

Há ainda documentos sobre pagamentos relacionados a uma dúzia de outros projetos de infraestrutura em países da região, e e-mails discutindo pagamentos secretos que um banco da Odebrecht fez a empresas -fantasmas relacionados à construção de um sistema de metrô de 2 bilhões de dólares em Quito, capital equatoriana.

Em nota enviada ao ICIJ, a Odebrecht afirmou estar comprometida com a total cooperação com as autoridades que investigam a corrupção associada à empresa. “A Odebrecht continuará empenhada em um processo de colaboração irrestrita com as autoridades competentes”, afirmou a empresa.

Nos últimos três anos, a companhia fechou diversos acordos reconhecendo corrupção no Brasil e no exterior e delações de dezenas de executivos, está com seu controlador preso, e ainda assim terminou as obras pendentes.

Há algumas semanas, pediu a maior recuperação judicial da história, com dívidas entre 80 e 90 bilhões de reais. Na avaliação de executivos da empreiteira Odebrecht, foi a má reputação da empresa, e não o risco financeiro, que fez a Caixa executar garantias relacionadas ao estádio Itaquerão, em São Paulo.



Fonte do Artigo

Anúncio