Inflação: dos 15 itens que mais subiram, nove são cortes de carne

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Alta dos preços puxou a aceleração do IPCA em novembro; jogos de loteria também tiveram alta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou 0,51% após uma sequência de resultados mais baixos: deflação de 0,04% em setembro e inflação de 0,1% em outubro, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira, 6. A disparada nos preços tem como grande vilã a carne bovina. O aumento de exportações do produto, puxadas tanto pela China quanto pela desvalorização do real, que torna o produto mais caro, são os motivos apontados.

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Dentre os 15 itens que mais subiram em novembro, nove são cortes de carne bovina, deixando tanto o churrasco do fim de semana quanto o almoço de muita gente mais salgado. A capa de filé disparou 12,89%. Ao todo, o grupo carnes subiu 8,07% no mês e puxou para cima a alimentação, tanto no domicílio (1,01%) quanto fora de casa.

A alta da carne bovina deve influenciar no aumento de preço de outras proteínas, como cortes suínos, de frango e também ovos. Em novembro, o impacto já pode ser sentido no IPCA. A carne de porco, por exemplo, subiu 3,35%. O frango teve alta mais tímida, mas também ficou mais caro (0,28% inteiro e 0,34% em pedaço). Já o ovo de galinha subiu 0,53% no período.

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a alta da carne bovina aconteceu porque o produto estava “muito barato”. Segundo ela, além das exportações pata a China, a estiagem também contribuiu para a escalada de preços. Tanto ela quanto o presidente Jair Bolsonaro disseram que o governo não irá interferir no valor porque o mercado é livre.



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