Greve dos petroleiros: vai faltar combustível?

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A greve dos petroleiros chegou ao 19º dia nesta quarta-feira, 19. Federação Única dos Petroleiros (FUP) informa que a adesão é de mais de 60% dos funcionários da área operacional da Petrobras, envolvendo 21 mil trabalhadores mobilizados em mais de 120 unidades da estatal, entre plataformas, refinarias e usinas térmicasA persistência do movimento levanta dúvidas sobre a efetividade das medidas de contingência do governo e da Petrobras em um período mais longo. O país corre o risco de passar por um desabastecimento de combustíveis?

No momento, a resposta é não. Não há risco de faltar combustível no país, apesar da greve dos petroleiros. A Petrobras informa que não há impactos na produção de petróleo e de combustíveis decorrentes da paralisação iniciada em 1º de fevereiro. “Nenhuma plataforma de produção, refinaria, unidade de processamento de gás natural ou térmica teve adesão total à paralisação irregular. (…) A Petrobras tem mantido a produção por meio da atuação de equipes de contingência e de empregados que não aderiram ao movimento. A produção diária e os estoques de combustíveis garantem a oferta ao mercado”, informa a companhia, em nota. As equipes de contingência são formadas por trabalhadores da petroleira e por profissionais temporários ou empresas contratadas, conforme autorização da Justiça.

Procurada, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador do setor, informou que acompanha a greve e que tomará medidas, caso necessário, para garantir o abastecimento nacional. Caso o movimento se prolongue, uma saída seria a Petrobras importar combustível. “Se houver impacto na produção de derivados, para compensar, seria possível aumentar a importação. E, se isso ocorrer, não se espera impactos no valores – já que a Petrobras e as demais empresas produtoras ou importadoras praticam preços de paridade internacional”, afirma Décio Oddone, diretor-geral da ANP.

O volume de entrega de combustível está normal, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). “Temos monitorado e, por enquanto, não há alerta de risco de desabastecimento”, diz Leonardo Zilio, secretário-executivo da entidade.

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Especialistas, porém, alertam que a situação pode se complicar caso o movimento de greve dos caminhoneiros ganhe força – já que a distribuição dos combustíveis no país ocorre por meio de caminhões.

 

 

Situação da greve dos petroleiros

Na segunda-feira, 17, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, declarou que o movimento é ilegal e abusivo, mas a categoria decidiu manter a paralisação enquanto recorre da decisão. Nesta terça, 18, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná determinou a suspensão das demissões na Araucária Nitrogenados, subsidiária da Petrobras no Paraná, um dos motivos para a greve. No mesmo dia, o ministro Ives Gandra anunciou que mediará uma negociação entre a Petrobras e os petroleiros numa reunião marcada para esta sexta-feira, 21, em Brasília.

Reivindicações

A categoria protesta contra demissões provocadas pelo fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná, contra a privatização de ativos da Petrobras e contra a política de preços dos combustíveis da estatal. Os trabalhadores também afirmam que a companhia descumpre acordo coletivo de trabalho. A Petrobras, porém, informa que todos os compromissos assumidos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020 vêm sendo cumpridos por parte da empresa. E, segundo a Petrobras, a fábrica dá prejuízo e que, depois de uma tentativa fracassada de venda, decidiu fechar a unidade.



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