Coface ganha musculatura para tornar seguro de crédito mais conhecido

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São Paulo – Foram quatro anos de muitas conversas até que a seguradora de crédito Compagnie Française d’Assurance pour le Commerce Extérieur (Coface) conseguisse fechar um acordo para adquirir a totalidade das ações da Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE), fundada em 1997. Com a compra da fatia restante no fim de maio, Marcele Lemos, presidente da Coface, passou a ter uma nova tarefa: integrar as duas companhias.

Até então, a Compagnie Française detinha cerca de 75% da SBCE, e o restante era dividido igualmente entre Banco do Brasil Investimentos e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações. O valor do negócio foi de 3,27 milhões de reais.

Essa fusão seria inviável até 2011. Segundo a legislação brasileira da época, uma mesma seguradora não poderia vender apólices de crédito para exportação e para operações domésticas. Com a mudança na regulamentação, a Compagnie Française viu uma oportunidade de ter ganhos de sinergia e tornar a operação mais conhecida e forte no Brasil. 

A expectativa é que a Coface cresça 12% em 2019 e 13% no ano que vem. Em 2018, a companhia alcançou 130 milhões de reais em prêmios, sendo que o seguro de crédito à exportação respondeu por algo entre 22% e 25% do faturamento.

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“O mercado de seguros de crédito tem muito a crescer ainda no país, estamos investindo para tornar essa modalidade mais conhecida”, afirma Marcele, em entrevista exclusiva a EXAME. “Ao mesmo tempo em que existe uma barreira cultural, há muita desinformação sobre a importância do seguro de crédito, que dá mais segurança para qualquer setor que pode sofrer com inadimplência.”

O mercado de seguros de crédito no Brasil soma algo como 420 milhões de reais, número pífio perto de outros segmentos como o de garantia que gira em torno de 2,5 bilhões de reais, por exemplo.



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