Apetite a risco de investidor é positivo para o mercado em semana tensa

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O temor de uma segunda onda de Covid-19 no mundo está injetando aversão ao risco no mercado financeiro. Nesta segunda-feira, 15, as bolsas de diversos países registraram queda. No Brasil, não foi diferente. Principal indicador de desempenho do mercado de ações do país, o Ibovespa chegou a registrar uma queda forte, de 2,9%, mas recuou as perdas e terminou o dia com uma desvalorização tímida, de 0,45%. A reversão da tendência durante o dia indica que, apesar de uma segunda-feira com notícias negativas, o cenário mais a longo prazo pode fazer investidores olharem positivamente a bolsa brasileira, porque precisarão tomar risco.

O JP Morgan atualizou sua projeção para o desempenho para o mercado de ações brasileiro neste ano e mudou sua recomendação de investimentos para “compra” para países como Brasil e Peru. Na comparação com outros países latino-americanos: o Chile e a Colômbia receberam recomendação “neutra”, enquanto o banco orienta “venda” para México e Argentina. A projeção do JP Morgan é que o Ibovespa termine o ano a 104.000 pontos. A estimativa anterior, de março, era de que a bolsa brasileira encerraria o ano cotada a 80.500 pontos. Hoje, a pontuação do indicador está em 92.375. “As perspectivas de um melhor crescimento permitem mais tomada de risco, levando a um dólar mais fraco e maior preço de commodities”, afirma o JP Morgan, em relatório. Os analistas do banco comentam que o país, diferentemente de outros emergentes, está nos estágios iniciais de uma recuperação do crescimento, baseada em juros baixos e agenda de reformas.

Nesta segunda, influenciaram a baixa o pedido de demissão do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e as recentes medidas de estímulo do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, para injetar dinheiro na economia. Um provável corte na taxa de juros da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, fez o dólar elevar seu patamar frente à moeda brasileira, terminando o dia cotada a 5,142, alta de 1,9% frente ao pregão da última sexta-feira. A maior parte das apostas do mercado financeiro aponta para um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom do Banco Central, marcada para terça-feira e quarta-feira desta semana. Isso influenciou ligeiramente na alta da moeda americana frente ao real nesta segunda. Atualmente, a taxa Selic encontra-se em 3% ao ano, o menor nível histórico. Espera-se que, caso concretizado, o novo corte seja bom para injeção de ânimo no desempenho do Ibovespa. “O dólar não deve ser tão pressionado pelo resultado da reunião como das outras vezes. A vasta saída de dinheiro de renda fixa, que é o que pressiona o dólar, já passou. A pressão que pode ocorrer será uma pressão final”, diz Pablo Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset. “Esse corte de juros vai dar mais gasolina, na verdade, ao desempenho da bolsa, porque cada vez mais os investidores sentirão necessidade de tomar risco.”

O Goldman Sachs, seguindo a tendência do mercado financeiro, está apostando que a taxa básica de juros recue para 2,25% ao ano. O Copom enfrenta, hoje, um cenário caracterizado por uma forte contração da atividade real e uma deterioração significativa do mercado de trabalho, além de uma taxa de inflação abaixo da meta para o ano. Ou seja, o cenário é preocupante e faz com que o Banco Central busque, por meio dos cortes da taxa básica de juros, estimular a economia local. “Esse cenário suporta flexibilização adicional da taxa, mas preocupações em relação à dinâmica do câmbio e aos fluxos de conta de capital, riscos políticos persistentes e de médio prazo limitam o escopo, por enquanto, para movimentos de flexibilização de taxa mais agressivos”, afirma o Goldman Sachs, em comunicado. Apesar do otimismo de outros atores do mercado financeiro, a companhia ainda alerta que o Brasil ainda tem de demonstrar uma resposta eficiente à disseminação do novo coronavírus. O aumento dos desafios econômicos, sociais e de saúde pública ocasionados pela pandemia poderão ter seus efeitos prolongados, o que atrapalharia as principais reformas estruturais propostas pelo governo. “Não há indícios de que o Congresso seguirá em frente com as reformas”.

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