A cada 100 mil viagens com patinetes elétricos, 20 pessoas se ferem, diz estudo

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20190502061216_860_645 A cada 100 mil viagens com patinetes elétricos, 20 pessoas se ferem, diz estudo

Ferimentos causados por patinetes elétricos são mais constantes do que as empresas que embarcaram nessa tendência esperavam. Um estudo conduzido pelos Departamentos de Saúde Pública e de Transporte do Texas (EUA), em associação com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), identificou que 271 pessoas se lesionaram durante o uso do patinete em um período de 87 dias. O relatório foi divulgado na última quinta-feira, dia 25.

O estudo avaliou o desempenho dos patinetes elétricos de 5 de setembro a 30 de novembro de 2018. Nesse tempo, ocorreram 936.110 viagens com o meio de transporte, que resultaram em 1,4 milhão de quilômetros percorridos em 182.333 horas de uso. Com base nos números, a equipe de pesquisa calculou que, durante os três meses, a cada 100 mil viagens com este tipo de veículo, 20 pessoas se feriram.

Dos condutores, quase metade sofreu ferimentos na cabeça, sendo que 15% foram lesões cerebrais traumáticas. Os incidentes poderiam ser evitados com o uso de capacete, mas apenas uma das 190 pessoas entrevistadas estava usando um.

O mesmo número de entrevistados (quase 50%) relatou ter sofrido uma “lesão grave”. Lesões graves, de acordo com definição dos autores da pesquisa, são fraturas ósseas (84%), lesões nos nervos, tendões ou ligamentos (45%) e hemorragia grave (5%). Não houve nenhuma morte relacionada ao patinete elétrico durante o período do estudo.

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A equipe de pesquisa também questionou os entrevistados sobre onde estavam quando os acidentes aconteceram. Mais da metade, 55%, se feriu durante um trajeto na rua e um terço, 33%, na calçada. Carros ou outros veículos motorizados foram responsáveis por 16% dos ferimentos, mas apenas 10% dos passageiros colidiram com um automóvel, enquanto 7% atingiram objetos como poste de luz ou tampa de bueiro.

Entre as possíveis causas dos acidentes, estão o consumo de bebida alcóolica, distração, velocidade, problemas com o veículo e falta de treinamento. Um terço dos entrevistados afirmou ter bebido álcool nas 12 horas anteriores ao uso do patinete; 37% admitiram que estava indo rápido demais; 19% culparam o patinete, supondo que os freios ou rodas tinham defeito. Quanto à distração, uma pessoa estava falando ao telefone quando caiu, e seis escutavam músicas ou programas de áudio.

O treinamento insuficiente foi um ponto crucial do relatório, o qual mostrou que um terço dos ciclistas entrevistados se feriu durante o primeiro passeio com o patinete. A maioria das empresas que oferece o meio de transporte exige que os condutores realizem um tutorial de segurança antes de utilizar o veículo. Mas os números indicam que o treinamento das companhias pode não ser adequado e falho. Entre os entrevistados, 60% disseram que treinaram antes de dirigir o patinete, sendo que o mesmo índice relatou que o fez por meio do aplicativo da companhia provedora.

Além disso, o estudo contesta a percepção de que a maioria dos acidentes com patinetes elétricos ocorre à noite. De acordo com o relatório, 39% ocorreu entre seis da tarde e seis da manhã; outros 20%, durante as horas de pico de movimento de manhã e de tarde, e 22% durante o horário comercial.

Os patinetes e bicicletas elétricos se tornaram um fenômeno em várias grandes cidades, o que levou empresários a investir em uma série de startups de mobilidade alternativa. O boom chegou a atrair gigantes de transporte como Uber e Lyft, que viram no negócio uma maneira de compensar sua contribuição ao aumento do congestionamento de automóveis. Agora, as empresas precisam melhorar os aspectos de segurança do patinete de modo a não comprometer a sua reputação.

Via: The Verge



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