Negócio terá empresa com vendas de 8,7 mi de veículos por ano, atrás de Volks, Toyota e Renault-Nissan; herdeiro da Fiat, John Elkann presidirá novo grupo
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Fiat Chrysler e PSA Peugeot formarão 4º maior grupo do mundo (Reprodução/VEJA)
A Fiat Chrysler e a controladora da Peugeot, PSA, fecharam nesta quinta-feira, 31, um acordo de fusão. Com isso, as empresas passam a formar o quarto maior grupo automotivo do mundo. O valor de mercado estimado do negócio gira em torno de 50 bilhões de dólares e a divisão acionária é de 50% para cada uma das partes. O anúncio ocorreu menos de cinco meses depois que a FCA desistiu de negociações para uma fusão com a Renault.
O grupo terá as marcas Fiat, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, DS, Opel e Vauxhall, incluindo carros populares, de luxo, utilitários esportivos e veículos comerciais. PSA e FCA afirmaram que esperam concluir o acordo nas próximas semanas. O negócio criará um grupo com vendas de 8,7 milhões de veículos por ano e que ficará atrás de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.
O novo grupo terá sede na Holanda e será presidido pelo ítalo-americano John Elkann, atual chefe da Fiat Chrysler, e o cargo de executivo-chefe seria dado ao presidente do grupo PSA, o empresário português Carlos Tavares. “Essa convergência traz valor significativo para todas as partes envolvidas e abre um futuro brilhante para a entidade combinada”, afirmou Tavares em comunicado conjunto das companhias. Confira aqui a entrevista que John Elkann concedeu a VEJA em maio deste ano.
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John Elkann (Chairman) do grupo Exor, durante foto em fábrica da FCA em Betim-MG – 22/05/2019 (Washington Alves/VEJA)
“A companhia resultante da fusão se beneficiaria das margens entre os mais altos mercados onde estaria presente, baseadas na solidez da Fiat Chrysler na América do Norte e na América Latina, além da PSA na Europa”, afirmam as empresas no comunicado.
Com a fusão, a FCA terá acesso a plataformas mais modernas de veículos da PSA, ajudando o grupo a cumprir normas mais rígidas contra emissão de poluentes, enquanto a PSA, concentrada na Europa, vai se beneficiar dos negócios lucrativos da FCA nos Estados Unidos e em grandes mercados como Brasil. As duas montadoras, que possuem fábricas de veículos também no Brasil, têm como objetivo economia de 4,1 bilhões de dólares, dos quais 80% estimam alcançar nos primeiros quatro anos do acordo. As empresas não mencionaram fechamento de fábricas.
(Com Reuters)
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