Aquela história de “nadar, nadar e morrer na praia” é um pesadelo para quem empreende, ainda mais pela internet. No entanto, não deixa de ser comum.
Muitas vezes, mesmo que o empreendedor circule um conteúdo de qualidade, possua uma audiência consistente e seja visto como autoridade no negócio em que trabalha, o momento da venda ainda tem um final infeliz. E isso acontece porque costumamos esbarrar nas objeções dos compradores e não convertemos nossas vendas.
Motivado a entender sobre onde caía a responsabilidade desse insucesso em um momento tão crucial, que é o da compra, desvendamos as 8 principais objeções do consumidor e ensinamos como driblar cada uma delas a seguir:
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1º ISSO NÃO FUNCIONA
É comum que o consumidor “duvide” ? ou ao menos questione ? se o produto ou serviço realmente cumpra tudo o que está prometendo. Você mata essa objeção mostrando estudos de caso. Mostre como você ou alguém que já tenha usufruído do seu produto ou serviço conseguiu alcançar o resultado que está mostrando.
No lançamento do nosso primeiro curso online Segredos da Audiência, mostramos vários casos de como alcançamos 300 mil visitas por mês em alguns dos sites em poucos meses. Gravei um vídeo com as métricas e compartilhei na internet. Esse conteúdo mostrou que o método que usei funciona e gerou bastante autoridade para mim.
2º NÃO CONFIO NO VENDEDOR
Mais uma vez, a dúvida se faz presente na mente do consumidor, ainda mais se for o primeiro contato com o produto ou com a marca. Quem não gosta de conhecer a procedência do que está comprando, não é mesmo?
Ter muitas pessoas falando sobre você no mercado gera autoridade. Pode ser desde gente interessada no assunto que você aborda, até profissionais do seu mercado que admiram seu trabalho.
A partir do momento em que um especialista analisa o serviço ou produto de outro especialista da mesma área de forma positiva, uma parcela da autoridade dele é transferida para o outro, e isso gera confiança e segurança ao consumidor.
3º ISSO NÃO FUNCIONA PARA MIM
Nesta objeção, temos duas estratégias que podem ser usadas tanto juntas como separadamente. A identificação com o outro é o primeiro passo. É comum que as pessoas encontrem motivos para diferenciar o negócio delas do restante e, desse modo, gerar a impressão de que aquela fórmula não é a melhor opção para ela.
Apesar de termos um conhecimento a mais, não somos melhores ou mais espertos que ninguém. É preciso lembrá-la que negócios bem-sucedidos são construídos através de riscos tomados e, especialmente, de erros cometidos. Quanto mais você mostra que é uma pessoa comum, mais identificação e conexão você gera.
A segunda estratégia é mostrar estudos de caso mais uma vez. No entanto, é hora de partir para algum caso extremo. Desse modo, a pessoa se convence que, se deu certo “até” com tal negócio, é mais provável que o dela também tenha um final feliz.
4º EU NÃO CONSEGUIREI IMPLEMENTAR
Não há argumentação mais valiosa que o “baseado em fatos reais”. É por isso que batemos na tecla dos estudos de caso. Exemplos de pessoas que se deram bem com o produto em um contexto “pior” do que o do consumidor que ainda não comprou é a chave para convencê-lo. O objetivo é fazer seu público ter a seguinte sensação: ‘se ele conseguiu, eu também consigo!’
5º NÃO PRECISO DISSO AGORA
Uma das frases ditas pelo consumidor e mais ouvidas por quem tem um negócio é “Vou deixar para o mês que vem”. As pessoas tendem sempre a postergar a compra de algo que elas julgam não tão urgente por um motivo simples: elas sabem que poderão voltar para comprar quando quiserem. A solução desta objeção em uma só palavra: escassez.
Fechar as suas inscrições ou um evento mudar de lote, isso faz com que o cliente tenha vontade de aproveitar antes que aumente o preço ou se encerrem as inscrições – senão, vai perder a oportunidade.
Mas, é importante: este recurso deve ser sempre usado com integridade.
6º NÃO TENHO DINHEIRO
Essa objeção parte da mesma premissa da frase “Não tenho tempo”. Mas essas não são verdadeiras questões. A questão aqui é prioridade. Desse modo, o segredo é transformar a oferta do produto ou serviço em prioridade para o consumidor. Primeiro passo: ressaltar como o preço está bom. Segundo passo: trazer de volta a estratégia da escassez.
Você já deixou de fazer um trabalho de escola ou de estudar para uma prova porque a data de entrega do trabalho ou da prova ainda estava longe, mas um dia antes da data você deu prioridade máxima ao tema? Portanto, gere senso de prioridade no seu cliente.
Essa sensação de escassez pode ser trabalhada com eficiência no texto de venda, a chamada “copy”, no marketing digital. Produzida tanto em formato de vídeo como em formato de texto, a estratégia é tornar a oferta o mais irresistível possível. É válido mostrar o quanto a pessoa vai perder no futuro por ter deixado escapar a oportunidade agora.
Quando a questão do consumidor é não ter, de fato, dinheiro para pagar, a ideia é concentrar-se nas formas de pagamento possíveis e, se for o caso, “ancorar o preço”, mas com a ressalva de que se a pessoa tem prioridade, ela pega o cartão de crédito do vizinho emprestado e compra.
7º E SE EU NÃO GOSTAR?
O medo do arrependimento. A pessoa pode até estar convencida que conseguiria implementar o que foi planejado e vai dar um jeito de pagar, mas há algo que ainda a impede: o medo de não gostar do produto ou serviço. Para esta objeção, recomenda-se aplicação de garantias. É necessário encontrar a que mais combine com o negócio em questão e oferecê-la aos clientes. Geralmente, a garantia para venda de produtos digitais é de trinta dias. Funciona da seguinte forma: se em trinta dias o seu cliente não conquistar um resultado proporcional ao que seu produto oferece, ou por qualquer desaprovação dele, você devolve o dinheiro.
Outras garantias que, segundo ele, são mais fortes ainda: a devolução do dinheiro investido, caso o consumidor não tenha o resultado esperado em trinta, sessenta dias; ou a cobertura da passagem de deslocamento do consumidor até o serviço comprado. É possível lançar garantias ainda mais ousadas, mas também é preciso ter segurança para fazê-las.
8º OBJEÇÃO NA HORA DA COMPRA
Após vencer todos os obstáculos descritos acima, o consumidor só precisa dar o clique da compra. Mesmo assim, algumas vezes, isso não acontece. É hora de entender os motivos específicos da marca. Sugiro manter sempre um feedback e coletar depoimentos das pessoas que compraram o produto ou serviço. Certamente houve quem hesitou na hora de efetivar a compra.
Ter esses depoimentos pode ajudá-lo até a pensar em estratégias de persuasão com futuros clientes. Você pode usar a experiência de seus clientes e incluí-la num vídeo de venda: “Eu estava pensando em comprar, mas achava que o cara era picareta. Mas, decidi e comprei assim mesmo. Percebi que eu estava totalmente errado e ter comprado foi a melhor decisão que tomei”. A pessoa que está assistindo ao depoimento pode se identificar com a opinião daquele cliente e ser motivada a comprar.
Quando o assunto é empreender, é preciso atentar-se não apenas às estratégias para atrair o cliente, como também às situações que podem dificultar a venda e que gerarão efeitos indesejados. Dessa maneira, aquele medo de “morrer na praia”, como foi comentado no início, tende a desaparecer e os bons resultados vêm naturalmente.
(*) Samuel Pereira é autor de Atenção: o Maior Ativo do Mundo, livro que chegou a best-seller da revista Veja e Top1 na Loja Kindle da Amazon.com.br. Samuel também é o idealizador do maior evento anual de tráfego e audiência, o Segredos da Audiência Ao Vivo.
Importante: As opiniões contidas neste texto são do autor do blog e não necessariamente refletem a opinião do TucanoWeb.