Zé Ricardo é hostilizado pela torcida no desembarque

O desembarque do Botafogo no Rio, ontem, após a eliminação na Copa do Brasil foi tenso. Para fugir de protestos, o elenco deixou o Aeroporto Santos Dumont pela pista de pouso. Mas Zé Ricardo, demitido ainda em Caxias do Sul, ficou para trás — por opção própria — e acabou hostilizado por cerca de 30 torcedores. Por pouco o técnico não foi agredido.

O protesto nada pacífico da torcida alvinegra envolveu muitos xingamentos e críticas a Zé Ricardo, que, sozinho, acabou virando o alvo dos torcedores, revoltados com a queda precoce para o Juventude, na terceira fase da Copa do Brasil.

Um esquema especial de segurança foi montado pelo Botafogo, envolvendo escolta policial e o fechamento de uma via no Centro do Rio de Janeiro. Um ônibus sem identificação do clube partiu pela contramão em uma saída do aeroporto.

Ao preferir sair sozinho alguns minutos depois do elenco, Zé Ricardo ficou exposto à ira dos torcedores presentes, que, revoltados, o seguiram pelo saguão do aeroporto até a saída, onde o técnico pegou um táxi para ir para casa, acompanhado apenas do preparador de goleiros do clube, Flávio Tênius.

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Demitido na manhã de ontem, o treinador preferiu não falar com a imprensa e se apressou para deixar o local. O auxiliar Cléber dos Santos, que também foi mandado embora pelo Botafogo, saiu com a delegação.

Enquanto ainda estava na sala de desembarque, Zé Ricardo emitiu nota oficial se despedindo e desejando sucesso ao Glorioso.

“Apesar do bom desfecho no ano passado, com as metas atingidas, o planejamento para 2019 não aconteceu da forma como todos queríamos”, disse Zé Ricardo através da nota. O treinador ficou oito meses no clube.

Três nomes são cogitados pela diretoria para substituir Zé Ricardo. O favorito é Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro e ex-meia do clube na década de 80. Jair Ventura, técnico do time em 2017, e Thiago Larghi, ex-Atlético-MG, correm por fora.