XP aumenta valor mínimo de investimentos de R$ 3 mil para R$ 30 mil

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São Paulo – Desde a última segunda-feira (11), investidores das corretoras XP Investimentos e Rico, do Grupo XP — o maior grupo de investimentos do país —, tomaram um susto. O valor mínimo inicial para investir em títulos de bancos, como CDBs, LCAs e LCIs, saltou de R$ 3 mil para R$ 30 mil, na XP, e de R$ 1 mil para R$ 20 mil, na Rico.

A aplicação mínima também subiu para outros produtos de renda fixa. Na XP, a partir de agora, os valores mínimos iniciais são de R$ 30 mil para títulos de crédito privado, como CRAs e CRIs, e de R$ 15 mil para COEs. Na Rico, as novas aplicações mínimas são de R$ 20 mil para títulos de crédito privado e de R$ 10 mil para COEs.

No buscador de investimentos Yubb, os novos valores mínimos iniciais mudaram de uma hora para outra. Em grupos de investimentos no Facebook, investidores dizem que não foram avisados e que estão decepcionados. Com aplicações mínimas iniciais tão altas na XP e na Rico, só restam investimentos mais acessíveis em títulos do Tesouro Direto, a partir de R$ 30, e em alguns fundos de investimento, a partir de R$ 1 mil.

A XP foi pioneira ao criar um “shopping de investimentos online”, onde investidores poderiam encontrar diversos investimentos emitidos por diferentes instituições do mercado. Depois dela, diversas plataformas surgiram, com o objetivo de reduzir as aplicações mínimas iniciais e democratizar o acesso a investimentos. Em 2017, 49% da corretora foi comprada pelo banco Itaú, uma sinalização para o mercado de que a corretora tinha muito valor.

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Comprada pela XP em 2016, a Rico cresceu baseada em uma proposta de simplificar investimentos de renda fixa por meio da internet. A corretora também foi uma das primeiras a oferecer taxa zero para Tesouro Direto e renda fixa no Brasil. No início do mês, a Rico criou um segmento especializado para atender investidores de alta renda

O que diz o Grupo XP

O Grupo XP diz que fez estudos internos e que concluiu que clientes pequenos costumam concentrar seu patrimônio em um único ativo, em vez de diversificar, como analistas recomendam. No entanto, muitas vezes, investem em títulos que não têm liquidez diária, ou seja, não conseguem resgatar seu dinheiro a qualquer momento. Com títulos públicos e fundos de investimento, porém, não há esse problema. O cliente pode resgatar seu dinheiro quando quiser.

“O aumento da aplicação mínima é uma tentativa de impedir que os clientes menores comprem um único ativo que pode dar problemas no meio do caminho. Em vez de investir em um CDB com prazo de vencimento de anos, por exemplo, há produtos mais indicados”, diz Gabriel Leal, sócio e head comercial e de relacionamento com o cliente da XP. Para ele, essa deve ser ser uma tendência seguida por outras plataformas de investimento daqui para a frente.

 

 

 



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