A Xiaomi emitiu um comunicado onde informa não ter laços com o exército chinês, ao contrário do que diz o Departamento de Defesa (DOD) dos Estados Unidos.
A nota divulgada pela fabricante vem em resposta às autoridades americanas terem a adicionado à lista de empresas que “supostamente pertencem” às forças armadas da nação asiática pela prerrogativa do Ato de Autorização de Defesa Nacional (“NDAA”, na sigla em inglês).
“A empresa [Xiaomi] vem obedecendo às leis e operando em obediência à legislação e regulamentações relevantes onde quer que conduza seus negócios”, diz trecho do comunicado. “Nós reiteramos que oferecemos produtos e serviços para uso comercial e civil”.
A Xiaomi ainda continua seu esclarecimento, dizendo que “confirma não ser propriedade, ou controlada ou afiliada com o exército chinês, e não é ‘uma empresa comunista militar chinesa’, como define o NDAA. A empresa tomará o curso apropriado de ações para proteger seus interesses e os de seus acionistas”.
Além da Xiaomi, também foram incluídas na lista a Advanced Micro-Fabrication Equipment, Luokong Technology, Beijing Zhongguancun Development Investment Center, Gowin Semiconductor, Grand China Aie, Global Tone Communication, China National Aviation Holding company e Commercial Aircraft Corporation of China.
Huawei, Hikvision, Inspur, Panda Electronics e Semiconductor Manufacturing International Corporation já faziam parte da lista de empresas que supostamente são aliadas ao exército chiunês.
Negócios nos EUA
O problema de uma empresa ser mencionada na referida lista é o impedimento da condução de seus negócios nos EUA. Isso porque, em 12 de novembro de 2020, o presidente em final de mandato, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe o comércio e o investimento em qualquer companhia citada no documento do DOD.
A grosso modo, é parecido com o que aconteceu com a Huawei, há alguns anos. Neste exemplo, como a Xiaomi tem negócios com empresas americanas e vários de seus smartphones possuem processador Snapdragon, da Qualcomm, a ordem executiva efetivamente impediria que essas relações comerciais continuassem.
Na ordem executiva, Trump afirmou que a China estava “explorando o capital dos Estados Unidos”, usando-o para aprimorar suas forças armadas, o que, em sua visão, permitira a Beijing ameaçar os EUA e forças aliadas americanas no exterior, além de “desenvolver armas convencionais avançadas e ações maliciosas ‘ciberdesencadeadas’”.
Por ora, não há qualquer resposta das autoridades americanas em relação ao comunicado da Xiaomi.
Fonte: Xiaomi
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