Witzel diz que finaliza documento para comunicar Crivella sobre decisão de retomar o sambódromo

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RIO — O governador Willson Witzel disse, na manhã desta quinta-feira, que está finalizando o documento que vai comunicar ao prefeito Marcelo Crivella a decisão do governo estadual de assumir a gestão da Marquês de Sapucaí. Inaugurada em 1984, a Passarela do Samba foi construída na gestão do então governadorLeonel de Moura Brizola. Durante participação do evento “Rumo ao Rio”, organizado pela secretaria de Turismo, Witzel adiantou que já comunicou ao presidente da Riotur, Marcelo Alves, sobre a retomada do Sambódromo.

— Acredito que é possível monetizar a história do carnaval, as comunidades receberem direitos autorais. O sambódromo pode ser um grande centro gastronômico, mais um polo de atração de cultura. O palco da Apoteose pode ser melhor trabalhado. Como foi criado pelo estado, a propriedade não foi discutida porque é do estado. Já comuniquei o presidente da Riotur. Estou finalizando essa semana o documento para comunicar o prefeito a decisão de retomar o Sambódromo — disse Witzel.

O governador fez um discurso entusiasmado sobre o carnaval. Witzel afirmou, durante sua fala, que quer “dobrar o número de blocos” e levar mais pessoas para o interior do estado durante o festejo. Ele também prometeu melhorar as rodovias para o acesso aos municípios do interior.

— Carnaval do Rio não é da cidade. Envolve o estado. São várias escolas de samba de outras cidades. O carnaval precisa de uma repaginada. O próprio sambódromo precisa de investimentos de R$ 10 milhões ou talvez mais. Carnaval do Rio é muito importante para que ele seja aproveitado dois, três dias. Temos pressa porque o carnaval de 2020 precisa ser organizado — acrescentou ele: — Vamos agora trabalhar no marco regulatórios dos blocos. Queremos dobrar o número de blocos. Queremos trazer cada vez mais pessoas para o carnaval de rua do interior. Sei que para o morador de Ipanema e Copacabana fica difícil descer, mas a gente pede só um poquinho (
de paciência
). O carnaval trouxe para o Rio mais de R$ 3,5 bilhões. É dinheiro que ficou na economia. Ciomércio emprega mais. ‘A tributação não arrecadou tanto’. Arrecadou sim porque gera serviço e isso repercute ao longo do ano.

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O chefe do Palácio Guanabara também antecipou que pretende transferir a sede do governo estadual para um prédio localizado ao lado da Passarela do Samba:

— Estou em tratativa, já finalizando, para mudar a sede do governo para o prédio ao lado da Sapucaí, que será ocupado por mais de 20 mil funcionários. Vamos revitalizar a área. Já com várias ideias para aquilo. O sambódromo precisa funcionar. Quero conversar com empresários do entretenimento de Orlando e trazer para cá algum intercâmbio. Orlando é uma porta importante. Tenho conversado com os governadores para a gente fazer uma propaganda entre os estados. Que ele entre pelo Norte, passe pelo Sul. Não é possível que o Brasil continue ainda com menos de 10 milhões de turistas ao ano.

Por fim, Witzel prometeu surprender com um “evento especial” na Sapucaí no fim do ano.

— Vai ser um natal diferenciado. Será um natal que terá muitos eventos durante o mês de novembro e dezembro, culminando com uma grande festa no réveillon. Não só a árvore de natal, mas no sambódromo terá uma surpresa para vocês. Em breve vamos divulgar esse grande evento do carnaval luz do Rio de Janeiro — completou Witzel.

Hospitais municipalizados

No último dia 11, o prefeito Marcelo Crivella entrou em rota de colisão com o governador Wilson Witzel pelo Sambódromo. Na ocasião, Crivella alfinetou Witzel e sugeriu que a administração estadual também retomasse o gestão de hospitais que foram municipalizados durante o período de grave crise econômica do estado. Hoje, Witzel retrucou a fala. Segundo ele, o atendimento dessas unidades não é de responsabilidade do estado:

— A questão dos hospitais eu já disse num almoço que tivemos (
com Crivella
). Os hospitais são de porta aberta. Não é responsabilidade do estado atender emergência, traumas. Isso é atenção básica. Não podemos pegar de volta aquilo que nunca deveria estar com o estado. Temos que trabalhar a alta e média complexidade. Cada um tem que cumprir com o seu papel constitucional.



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