O Pico do Cabugi, no Rio Grande do Norte, é o único dos vulcões inativos brasileiros que mantém sua forma intacta. Isso por si só já o torna uma grande atração. O pico, no entanto, também é personagem principal de um enredo que pode reescrever a história do nosso país.
Segundo historiadores, no dia 22 de abril de 1500, a tripulação de Pedro Álvares Cabral não teria desembarcado em Porto Seguro, na Bahia, mas sim na cidade de Touros, no Rio Grande do Norte. E a montanha avistada ao longe não teria sido o Monte Pascoal, mas sim o Pico da Cabugi.
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Um dos primeiros autores a tratar dessa teoria foi o pesquisador Lenine Barros Pinto, da Universidade Federal de Rio Grande do Norte. Em seu livro “Reinvenção do Descobrimento”, ele apresenta alguns pontos técnicos e científicos que sustentam sua tese.
O engenheiro civil e investigador Manuel Oliveira Cavalcanti também defende esse ponto de vista. Ele é autor da obra “1500: de Portugal ao saliente Potiguar”.
Alguns fatos históricos
- Sabemos que Cabral era um dos comandantes da expedição portuguesa de Vasco da Gama que buscava uma rota diferente para chegar à Índia.
- A data de descobrimento aparece numa carta de Pero Vaz de Caminha ao então rei de Portugal, dom Manuel 1º.
- O texto diz o seguinte:
“Na terça-feira […], que foram 21 dias de abril, […] topamos alguns sinais de terra. Quarta-feira seguinte, pela manhã topamos aves a que chamam furabuchos e, neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome — o Monte Pascoal. E åa terra — a Terra de Vera Cruz”, escreveu Caminha.
- Até aí tudo bem.
- Acontece que no ano 2000, os governos do Brasil e de Portugal realizaram uma expedição para celebrar os 500 anos do descobrimento.
- A ideia era que os navegantes utilizassem a rota, condições e equipamentos similares aos empregados por Pedro Álvares Cabral.
- Sabe onde eles chegaram? Em Touros, no Rio Grande do Norte.
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Mais indícios
Existe ainda outro argumento geográfico. No mapa português, consta que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para colocar o segundo marco. A distância é a mesma do Rio Grande do Norte a São Paulo.
Se o primeiro marco estivesse em Porto Seguro (como dizem os livros de história), o segundo marco teria de ser colocado onde hoje é a Argentina.
Além desses dois pontos, os pesquisadores analisaram correntes marítimas, documentos históricos e a plataforma continental para chegar a essa conclusão.
Pero Vaz de Caminha, por exemplo, faz referência a lagoas de água doce no local de chegada. Essa característica é bem mais presente no litoral potiguar do que em Porto Seguro.
Vale destacar que esse é a análise de um pequeno grupo de historiadores apenas. A maioria deles ainda continua com a versão oficial.
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 22/04/2024.
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