Cientistas da Universidade de Genebra, na Suíça, testaram as emoções no cérebro humano por meio de um jogo de videogame. A aplicação, parecida com o clássico Pacman, possibilitou aos estudiosos mapear qual parte do principal órgão do corpo se associa a certa emoção. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica PLoS Biology.
Vale lembrar que outros estudos com a mesma finalidade já foram promovidos ao redor do mundo, mas sem sucesso efetivo. Normalmente, os voluntários são expostos a vídeos e imagens que, supostamente, despertam sentimentos para que a análise seja possível.
“O problema é que essas regiões se sobrepõem para emoções diferentes, então não são específicas. Além do mais, é provável que, embora essas imagens representem bem as emoções, elas não as evocam.” explica Joana Leitão, pós-doutoranda do Departamento de Neurociências Fundamentais da Faculdade de Medicina da Universidade de Genebra.
Com o propósito de reverter este fato, os pesquisadores desenvolveram um game no qual o jogador deve buscar por moedas, sendo que ele pode tocar em “monstros legais”, ignorar “monstros neutros” e evitar “monstros bandidos”. Desta maneira, ele consegue ganhar pontos e passar para o próximo nível.
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Toda a dinâmica de estratégia fez com que as emoções do participante fossem evocadas verdadeiramente. Por isso, enquanto o jogador tentava passar para as próximas telas do arcade, os pesquisadores monitoraram os sinais cerebrais por meio de ressonância magnética funcional.
Nosso cérebro e os sentimentos
Com as análises finalizadas, os pesquisadores concluíram que as emoções recrutam várias redes neurais paralelas distribuídas pelo cérebro. Esta sincronização transitória, que envolve as vias somatossensorial e motora, desencadeia um estado emocional.
Dessa maneira, toda a ideia de que a emoção tem como base as funções orientadas para a ação é validada, com o propósito de permitir uma resposta adaptada aos eventos. O envolvimento dos gânglios da base, parte do cérebro que converge entre várias regiões corticais, também foi registrada no documento.
“O envolvimento das zonas somatossensorial e motora está de acordo com o postulado das teorias que consideram a emoção como um mecanismo preparatório para a ação que permite ao corpo promover uma resposta adaptativa aos eventos”, ressaltou Patrik Vuilleumier, professor titular do Departamento de Neurociências Fundamentais da Universidade de Genebra e autor sênior do estudo.
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Vale ressaltar que todo o processo respeitou as diferentes reações que cada pessoa pode ter frente a uma mesma situação, considerando que as emoções são fenômenos complexos que influenciam nossas mentes, corpos e comportamento. “Um determinado evento não é avaliado da mesma forma por cada pessoa porque as perspectivas são diferentes”, disse Joana.
Igualmente, durante as verificações, os pesquisadores observaram a atividade cerebral por meio de imagens, expressão facial pela análise de músculos zigomáticos, sentimentos por meio de perguntas, bem como pela fisiologia por medidas cutâneas e cardiorrespiratórias.
“Cruzando os dados de imagens com a modelagem computacional, pudemos determinar como esses componentes interagem ao longo do tempo e em que ponto eles se sincronizam para gerar uma emoção”.
Via: Medical Xpress
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