Uma erupção intensa eclodiu do grupo de manchas solares AR3869 nesta quinta-feira (24), às 0h57 (pelo horário de Brasília). O evento causou uma explosão de radiação ultravioleta extrema, resultando em apagões de rádio de ondas curtas sobre partes da Terra.
De acordo com a meteorologista Sara Housseal, estudante de mestrado na Universidade de Millersville, nos EUA, a erupção foi da classe X3.3. O evento também foi acompanhado por uma ejeção de massa coronal (CME), que consiste em uma grande quantidade de plasma e campo magnético lançados do Sol.
Vamos entender:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em ejeções de massa coronal;
- As erupções são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
- A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
- Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Housseal destacou que a região deve ser monitorada, pois está se movendo para uma posição de frente para a Terra.
Isso pode fazer com que futuros jatos de material solar atinjam o planeta, provocando tempestades geomagnéticas e consequentes exibições de auroras. No entanto, a posição da mancha solar no momento da erupção X3.3 torna improvável um impacto muito significativo relacionado a esse evento.
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Sonda da NASA registrou a erupção solar
Meteorologistas e caçadores de auroras continuarão a observar o comportamento do agrupamento de manchas AR3869 nos próximos dias. Como ele está se movendo para a chamada “zona de impacto da Terra”, cresce o risco de que novas ejeções afetem o planeta.
O evento desta madrugada foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA.
De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a radiação ultravioleta extrema da explosão ionizou o topo da atmosfera da Terra, causando um apagão de rádio de ondas curtas sobre a Austrália e o Sudeste Asiático. Os operadores de radioamadorismo podem ter notado perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz por até uma hora após a explosão.
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