Vasco falha no teste de elenco | Blog do Garone

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Winck foi titular no lugar de Cáceres (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

“Valdir dribla Alberto, e conta com assistência de Têti e gol de Rincon para deixar o campo vitorioso”.

Essa poderia ser a manchete de um jornal dos anos 90 ou início de 2000, mas foi o que aconteceu neste domingo, em Cariacica, no duelo entre Cabofriense e Vasco, vencido pelo time da Região dos Lagos por 2 a 0. Caiu a invencibilidade cruzmaltina na temporada, exatamente para o treinador – e ídolo – que deixou São Januário também sem perder – 1 vitória e três empates – em 2018.

Uma derrota que diz pouco sobre o time titular do Vasco, já que Valentim mandou a campo oito atletas que foram reservas no duelo da Copa do Brasil, contra o Avaí, no meio de semana, mas que serviu para mostrar algumas das fragilidades do elenco. E grupo, mais do que individualidades, é algo que define onde brigará no Campeonato Brasileiro.

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Sem Cáceres e Lucas Mineiro, principais passadores da equipe e responsáveis pela transição entre defesa e ataque – como já expliquei nesse vídeo aqui -, o time igualou a sua pior marca de passes errados neste Carioca, com 40 – mesmo número alcançado contra Americano – quando também mandou um time misto – e Resende. Mais da metade no 1º tempo, antes das entradas dos titulares Thiago Galhardo e Pikachu.

O gol de Rincon – que não é o colombiano contemporâneo de Valderrama e Asprilla, é claro – aos 10 minutos, numa falha de marcação que começou com Henrique, na esquerda, e terminou com a incapacidade de Henríquez – esse sim, colombiano – de cortar o cruzamento, lembrou bastante a equipe de 2018, que sofria com as jogadas laterais e bolas aéreas.

O tento escancarou também a já tradicional dificuldade do Vasco em criar com apenas um meia contra equipes mais defensivas. A velocidade e a força de marcação de Marrony e Rossi pelos lados funcionam em clássicos e em partidas em que o Cruzmaltino sai na frente, mas ficam sem espaço no enfrentamento de times recuados que jogam sem a bola. Principalmente quando começa perdendo.

Ficou nítida a necessidade de mais um homem para dar o último passe, por baixo, para infiltrações dos jogadores de lado e de Ribamar. Não à toa o Vasco bateu seu recorde bolas cruzadas na área, com 39 – 13 certas -, a grande maioria saindo dos pés de Bruno César e Rossi, responsáveis por 24 levantamentos – 12 cada. Muito em razão do pouco apoio dado por Henrique e Winck – principalmente. Sem Danilo e Cáceres, os homens de frente ficaram mais isolados nas jogadas laterais, perdendo assim qualidade nas ultrapassagens – muitos cruzamentos saíram da intermediária – e na conclusão, reduzindo o número de jogadores na área. Ainda assim, o time conseguiu criar, mas pecou nos erros de finalização de Ribamar e Marrony.

O panorama mudou com a entrada de Thiago Galhardo na vaga de Raul, reeditando o esquema com dois meias centrais e apenas um volante – William Maranhão – que havia dado certo contra Boavista e na etapa final do jogo com o Avaí. Das 28 finalizações do time na partida – recorde do clube neste Carioca -, 19 foram realizadas no 2º tempo, após a mudança. Em um dos primeiros lances, o camisa 8 deixou Rossi livre para finalizar duas vezes, sendo bem parado pelo bom goleiro George.

No teste dos reservas, os destaques acabaram sendo Bruno César e Rossi, contratados para serem titulares e que em breve devem se firmar como tal. A atuação do restante do grupo, no entanto, mostrou que o time ainda não é capaz de fazer mudanças sem perder a qualidade e o padrão. Principalmente na defesa – incluindo as laterais – e no meio-campo defensivo.

Winck não deu a segurança e a qualidade de Cáceres, assim como Maranhão também esteve muito longe de organizar o jogo como Mineiro. Na defesa, Henríquez e Luiz Gustavo – principalmente o colombiano – tiveram erros individuais que Werley e Castán não vinham tendo. E que custaram caro. Sem Danilo, Bruno César acabou sobrecarregado na bola parada e nos cruzamentos, reduzindo a criação com toque de bola. Na frente, Ribamar – mais uma vez – não soube aproveitar as chances que teve, assim como Marrony.

Uma derrota pouco importante para o Estadual, mas que mostra alguns pontos a serem melhorados para a temporada.

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