Usuários do Twitter imploram e pagam caro por convites da Bluesky

A Bluesky é uma das plataformas mais badaladas do momento. Apoiada pelo cofundador do Twitter, Jack Dorsey, a rede social anunciou recententemente que ganhou 100 mil usuários só em fevereiro e aproveitou a ocasião para organizar um evento comemorativo em São Francisco, na Califórnia.

A surpresa foi que alguns participantes da festa foram até lá interessados em outra coisa: conseguir convites para usar o aplicativo.

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Diferente do Twitter, é preciso conseguir um convite com um código especial para conseguir entrar na Bluesky. Muitas vezes não é nada fácil conseguir um, o que levou algumas pessoas a adotar outra estratégia: comprar.

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Como é a Bluesky?

• A rede social anunciada em 2019 se parece muito com o Twitter. 
• Os usuários percorrem um feed cheio de postagens rápidas limitadas a 300 caracteres, além de republicações e curtidas.
• Para muitos, a plataforma tem um ar de nostalgia. “Tem as vibrações do antigo Twitter”, diz Jessica Quiroga, gerente de engenharia de 38 anos da Cisco, ao The Wall Street Journal.

Alguns usam até o próprio Twitter para tentar garimpar um convite. É o caso do publicitário Arick Jones, que tenta conseguir um há meses sem sucesso. Jones chegou a oferecer US$ 250 pelo código de acesso: “Pagaria até US$ 250 por isso” (mais de R$ 1.250 em conversão direta).

Outros criaram grupos online para buscar e até negocias convites. Alguns são anunciados por quase US$ 1 mil em sites como o eBay (R$ 5 mil na cotação atual).

Afinal, por que a Bluesky está “bombando”?

• O Twitter vem perdendo o interesse de muitos usuários “das antigas” desde que Musk assumiu a empresa.
• No meio da avalanche de mudanças na rede social, o Bluesky surgiu como uma espécie de refúgio para quem gostava mais da rede do passarinho azul à moda antiga.
• A escassez de convites aumentou ainda mais o sentimento de exclusividade e a curiosidade de mais pessoas de entrar para o clube.

Como conseguir um convite

• A plataforma oferecer um convite a cada duas semanas para novos usuários, ou seja, o primeiro passo para entrar é conhecer alguém que já esteja cadastrado.
• Outra opção é se cadastrar em uma longa lista de espera.
• Segundo Rose Wang, líder de estratégia e operações da Bluesky, a rede social está trabalhando para diminuir o tempo de espera para o cadastro de novos usuários.

Uma das justificativas para limitar o acesso atualmente é crescer de forma ordenada enquanto a empresa reforça suas ferramentas de moderação. À medida que a Bluesky cresceu, começou a enfrentar os mesmos desafios de outras empresas de mídia social, como debates sobre políticas de moderação de conteúdo. 

Sobre a compra de convites, Wang disse o seguinte: “Desencorajamos fortemente qualquer pessoa a comprar códigos de convite. Se a Bluesky tiver prova de um usuário vendendo convites, revogará os convites dessa conta”. 

Com informações do The Wall Street Journal

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