Trump ataca democratas após início de investigações contra ele

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Donald Trump atacou duramente os seus adversários democratas, nesta terça-feira (5), os quais acusou do “maior abuso de poder da história” dos Estados Unidos, depois que foram lançadas investigações parlamentares que ameaçam obstaculizar os dois últimos anos do mandato do presidente americano.

“Empreendem uma grande cruzada desesperada em busca de um crime, apesar de o verdadeiro crime ser que o que os democratas fazem”, denunciou Trump no Twitter, onde também se chamou de “PRESIDENTE ASSEDIADO”.

Os democratas, que retomaram em janeiro a maioria na Câmara de Representantes, têm agora o controle de poderosas comissões e a faculdade de inciar investigações, uma possibilidade que parecem dispostos a aproveitar ao máximo.

Na segunda-feira anunciaram investigações sobre diversas questões, como as suspeitas de conluio entre Moscou e a equipe de campanha do bilionário republicano nas presidenciais de 2016, os pagamentos para silenciar supostas amantes e a análise das atividades de sua empresa familiar, a Organização Trump.

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Em uma avalanche de cartas, a Comissão Judicial da Câmara de Representantes solicitou informações a 81 pessoas e entidades vinculadas a Trump, incluindo dois de seus filhos e seu genro, Jared Kushner.

Em seus pedidos exigiram documentos que poderiam lançar luz sobre uma possível obstrução à Justiça e um abuso de poder por parte da administração e do próprio presidente.

E outras três comissões solicitaram à Casa Branca os relatórios detalhados sobre os encontros e as conversas entre Trump e seu homólogo russo, Vladimir Putin, mantidos em segredo até agora.

Os democratas já não estão dispostos a esperar as conclusões do procurador especial Robert Mueller, que há mais de dois anos investiga o tema russo.

As diferentes investigações podem ser complementares, explica a oposição.

Derrota sobre a emergência nacional

A Casa Branca, indignada com essas iniciativas, acusou os democratas de tentarem “desviar a atenção de seu programa radical”, em referência à orientação de esquerda de cada vez mais membros do partido.

Por trás dessas acusações trocadas surgem os argumentos da próxima campanha eleitoral.

“De fato, já começaram a campanha”, afirmou Trump nesta terça em referência aos democratas. Os eleitores, acrescentou, não são ingênuos e “ao ver isso se darão conta de que estão assediando o presidente”.

Trump continua sendo muito popular entre os republicanos (mais de 90% o apoiam) e os democratas correm o risco de cansar, ou gerar indignação no eleitorado moderado antes da eleição de novembro de 2020.

Por enquanto, os líderes democratas insistem que não vão apresentar um processo de destituição, ou “impeachment”, contra o presidente.

Talvez recordem o “impeachment” lançado contra Bill Clinton pelos republicanos no final dos anos 1990. O Senado acabou absolvendo o então presidente democrata e, nas eleições parlamentares seguintes, foram os republicanos que perderam assentos.

Segundo uma pesquisa da Quinnipiac publicada nesta terça, 59% dos americanos rechaçam o procedimento de destituição, embora 64% admitam que Trump cometeu crimes antes de sua chegada ao poder.

Trump conta com o apoio do Senado, que segue nas mãos dos republicanos. Mas a Câmara alta se divide quando o presidente toma suas decisões mais polêmicas e, sobretudo, quando pretende absorver as prerrogativas do Congresso.

Isto poderia impedir o financiamento do trecho do muro que o presidente quer erguer na fronteira com o México para lutar contra a imigração ilegal. Para conseguir os fundos necessários, Trump declarou uma situação de emergência nacional, medida excepcional que permite evitar a aprovação do Congresso, o único que tem o poder de designar orçamento em tempos normais.

Após tentar dissuadir o presidente, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, reconheceu na segunda-feira que há rebeldes suficientes entre suas fileiras para bloquear o financiamento do muro, durante uma votação cuja data ainda não foi revelada.

A Câmara de Representantes já adotou essa resolução de desaprovação. Uma rejeição do Senado obrigaria Trump a impor o seu primeiro veto presidencial se quiser salvar o seu projeto de muro.

 





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