Trump anuncia substituição de secretária de Segurança Nacional, defensora da atual política migratória

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WASHINGTON —  O presidente americano, Donald Trump, anunciou neste domingo a saída da controversa secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, defensora de primeira linha da política migratória de seu governo. Nielsen —  que será substituída interinamente por Kevin McAleenan, atual comissário do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça — teria criticado os cortes do presidente a países da América Central.

“A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, deixará seu posto, e quero agradecer-lhe por seus serviços”, tuitou Trump, anunciando em seu lugar o nome do comissário encarregado da Alfândega e Proteção Fronteiriça, Kevin McAleenan.

Nielsen se tornou a face da política anti-imigração de Trump, incluindo a criticada separação de pais e filhos na fronteira. Sua relação com o presidente americano, no entanto, sempre foi difícil.

De acordo com a CNN, Nielsen tinha ido à Casa Branca para uma reunião com o objetivo discutir com Trump questões relacionadas à imigração, sem saber que iria deixar o cargo. Segundo fontes da rede americana, a intenção do presidente de
cortar a ajuda a alguns países da América Central
não era bem aceita por Nielsen, que tinha visitado Honduras recentemente e assinado um acordo de cooperação com o país, El Salvador e a Guatemala.

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Apesar de ser constantemente criticada pelo presidente, no mês passado Nielsen defendeu a declaração de Trump da emergência nacional para assegurar o financiamento de seu maior projeto de campanha: a construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México. Mas, nas últimas semanas, crescia cada vez mais a pressão do presidente sobre a equipe da secretária para executar suas promessas mais duras em relação à imigração, tema que Trump acredita ser fundamental para sua base de apoio.

Após o anúncio, os democratas reagiram imediatamente.

“O mandato de Kirstjen Nielsen no Departamento de Segurança Interna foi um desastre desde o início. Agora está mais claro que as políticas de segurança e imigração do governo Trump, que ela promulgou e ajudou a criar, fracassaram e ajudaram a criar a crise humanitária na fronteira”,  disse Bennie Thompson, presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara, em comunicado.

O líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, também divulgou uma nota, criticando a decisão: “Quando até as vozes mais radicais do governo não são radicais o suficiente para o presidente Trump, você sabe que ele perdeu completamente o contato com o povo americano”.

Nielsen ingressou no governo em janeiro de 2017 como assistente do primeiro secretário de Segurança Nacional, John Kelly. Quando Kelly foi para a Casa Branca como chefe de gabinete, em julho daquele ano, Nielsen o acompanhou como sua vice. Em outubro, voltou para a secretaria de Segurança Nacional, desta vez como titular.

McAleenan, por sua vez, é remanescente do governo anterior e fontes na Casa Branca afirmam que ele deve servir como secretário interino “a curto prazo”.

 



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