Três pessoas desaparecem por dia em Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo e Meriti

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Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, entre janeiro e setembro, uma média de três pessoas desapareceram por dia nas quatro cidades mais populosas da Baixada Fluminense. Somados, os municípios de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo registraram 757 desaparecimentos.

O estudante Maurício Frichs Batista, de 17 anos, que sumiu no dia 17 de outubro, já faz parte da próxima estatística de desaparecidos. Como ninguém sabe dele há pouco mais de duas semanas, ele não consta no levantamento que incluiu os desaparecidos nos nove primeiros meses do ano. O último sinal de vida do adolescente, que mora em um conjunto habitacional do bairro Marapicu, em Nova Iguaçu, foi uma mensagem enviada para o telefone do pai, o pintor Marcelo da Silva Batista, de 47.

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— Ele estava em casa. Fui buscar comida para nós dois. Pouco antes de voltar, recebi uma mensagem que dizia: “Pai, vou ali rapidinho’’. Ele nunca mais voltou. Meu filho não tinha motivo para desaparecer. Saiu de casa só com a camisa, bermuda e os chinelos. Já percorri delegacias, hospitais e até mesmo o Instituto Médico-Legal (IML), mas não o encontrei. Só tenho conseguido dormir com os calmantes — admite o pintor.

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A dor da dona de casa Lúcia Fernandes, de 52anos, é mais antiga. O filho dela, o adolescente Lucas Fernandes da Silva, desapareceu aos 16 anos, no dia 27 de junho de 2015, no Parque Araruama, em São João de Meriti. O rapaz estava em uma festa de aniversário, quando avisou a um amigo que iria dar um pulo no lado de fora da casa. Nunca mais foi visto.

— Meu filho estudava e trabalhava. Estava num momento feliz da vida. Imagens de uma câmera mostraram ela há uns 30 metros de distância do local do aniversário. Ele nunca dormiu fora, e sempre teve hora de chegar em casa. Meu coração de mãe ainda tem esperança de encontrar o Lucas vivo. Este tempo todo que ele sumiu é uma angústia constante pra mim — desabafa.

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No município do Rio de Janeiro, também entre janeiro e setembro, houve 1.427 desaparecidos. Deste total, 1.157 foram encontradas, incluindo 20 pessoas que foram assassinadas e haviam sido dadas como desaparecidas. Segundo levantamento, 250 casos continuam sendo investigados.

Os dados também são do ISP e foram repassados pela Subsecretaria estadual de Promoção, Defesa e Garantia dos Direitos Humanos. De acordo com a Subsecretaria, que conta com uma Coordenadoria de Pessoas Desaparecidas, na Baixada Fluminense ainda não foi possível contabilizar o total de vítimas localizadas vivas ou mortas.

É que no Rio, há uma unidade da Polícia Civil, Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que investiga exclusivamente casos de desaparecimento e que já fez este relatório. Na Baixada, o trabalho é feito pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, também encarregada de investigar assassinatos na região.

Para aumentar o índice de localização de pessoas desaparecidas, a Subsecretaria de Garantia dos Direitos Humanos quer criar um cadastro estadual de desaparecidos. De acordo com o subsecretário Thiago Miranda, a ideia é incluir simultaneamente os dados dos desaparecidos em todas as delegacias do estado. Ele também defende a criação de alerta para localizar vítimas de desaparecimento em rodovias, aeroportos e portos do Rio.

— Com o alerta que teria os dados de quem desapareceu, a pessoa poderia ser localizada até por imagens de câmeras de reconhecimento facial em portos e aeroportos. Já temos um projeto para isso ser implantado no Rio. Só estamos aguardando a aprovação de emenda parlamentar, na Alerj, para a liberação da verba, e criarmos este alerta que seria chamado de Alerta-Pri. O nome seria em homenagem a Priscila Belfort, que desapareceu em 2004, e à coordenadora da Coordenadoria de Desaparecidos, Jovita Belford, mãe de Priscila.

Duas emendas, neste sentido, foram apresentadas pelo deputado estadual Bruno Dauaire (PSC) na Lei Orçamentária de 2020. O valor repassado para a política de buscas seria de aproximadamente R$ 450 mil:

— Essa luta pelos desaparecidos acaba sendo muito familiar e precisamos institucionalizar e aprofundar as buscas.

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