Talk the walk: precisamos falar mais sobre sustentabilidade

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Os incêndios na Amazônia nos deram um importante alerta. Os esforços para conter o desmatamento precisam ser contínuos e constantemente revisados e reforçados. Mas eles também sinalizaram o abismo que existe entre o que é feito no Brasil em termos de sustentabilidade e a percepção da comunidade internacional.

Essa disparidade me lembrou da expressão em inglês “walk the talk” – pratique o que você diz. Incrivelmente, neste caso a expressão deveria ser ao contrário: talk the walk, conte o que você pratica. Ficou claro que, como país, sociedade e setor privado, ainda não fomos capazes de realmente mostrar para o resto do mundo a sofisticação e os avanços alcançados em sustentabilidade.

Campanhas em momentos de crise são eficazes até certo ponto. Sempre fica a desconfiança de que as informações e os números foram maquiados, de que tudo não passa de propaganda. O que precisamos fazer é participar dos grandes fóruns de discussões globais de maneira consistente. Tão importante quanto o governo fazer isso é a participação do setor privado – especialmente dos líderes empresariais.

Os CEOs e as empresas têm cada vez mais assumido um papel de liderança em assuntos como educação, mudança climática, desenvolvimento social e sustentabilidade. Em assuntos ambientais, não há dúvida de que as empresas brasileiras têm inovação e experiência de sobra para compartilhar.

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Mas não adianta falarmos apenas para a audiência nacional. Os empresários brasileiros precisam falar para o público internacional. Em grandes conferências como COP Climática e o High Level Political Forum da Organização das Nações Unidas (ONU), entre outras, é comum vermos CEOs americanos e europeus. Mas muito raro vermos representantes brasileiros.

Empresários americanos e europeus entendem há tempos a importância de participar de grandes eventos internacionais. É uma forma inteligente de soft power – uma oportunidade para educar e reforçar para a comunidade internacional sobre o que a empresa, o setor e o país estão fazendo sobre um determinado assunto.

Sem dúvida nenhuma, é um investimento importante de tempo e recursos – que não trará resultados a curto prazo, mas certamente o fará a médio e longo prazos. Quando defendemos a abertura do Brasil, é importante lembrarmos que isso também inclui levar a voz do setor privado brasileiro para as grandes discussões globais. Temos credenciais de sobra para contribuirmos e liderarmos essas discussões.

É preciso, no entanto, reconhecer o poder do soft power e torná-lo parte da estratégia empresarial. É preciso ocupar espaço internacionalmente. Caso contrário, seguiremos no contrapé, tentando provar que as credenciais que nos são exigidas nós já desenvolvemos há tempos.

* Gabriella Dorlhiac é diretora executiva da Câmara Internacional de Comércio no Brasil 



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