Taikonautas retornam à Terra após missão de seis meses na estação espacial da China

Após uma temporada de seis meses trabalhando para concluir a construção da estação Tiangong, um símbolo do ambicioso programa espacial da China, os três astronautas da missão Shenzhou-14 retornaram à Terra no domingo (4).

Segundo a emissora de TV estatal CCTV+, a cápsula que transportava o comandante Chen Dong e os também chamados taikonautas (designação local) Liu Yang e Cai Xuzhe pousou no deserto de Gobi, no norte do país asiático, aproximadamente às 17h10 (pelo horário de Brasília).

O trio se sobrepôs por quase cinco dias com três colegas da missão Shenzhou-15, que chegaram ao laboratório orbital na quarta-feira (30), também para uma estadia de cerca de 180 dias. Isso marcou a primeira vez que a China teve seis astronautas no espaço ao mesmo tempo, com a estação Tiangong tendo sua lotação máxima.

Em torno de 40 minutos após o pouso, eles foram retirados da cápsula por profissionais de saúde, para serem examinados. Todos sorriam e aparentavam estar em boas condições, acenando alegremente para os trabalhadores no local de pouso.

“Tenho muita sorte de ter testemunhado a conclusão da estrutura básica da estação espacial chinesa depois de seis meses ocupados e gratificantes no espaço”, disse Chen, que foi o primeiro a sair da espaçonave. 

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Enquanto estavam em Tiangong, Chen, Liu e Cai supervisionaram cinco acoplamentos de cargueiros no laboratório orbital, entre eles, aquele que transportava o último dos três módulos da estação. Além disso, eles realizaram três caminhadas espaciais, transmitiram uma palestra de ciência ao vivo da estação e conduziram uma série de experimentos.

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Em 2003, a China tornou-se a terceira nação a lançar astronautas em órbita por conta própria, depois da antiga União Soviética e dos EUA. 

Conforme destaca o site Phys, o país também tem no currículo missões não tripuladas à Lua: seu rover Yutu 2 foi o primeiro a explorar o lado oculto pouco conhecido do nosso satélite natural, e sua sonda Chang’e 5 retornou rochas lunares à Terra em dezembro de 2020 pela primeira vez desde a década de 1970. 

As autoridades têm considerado uma eventual missão tripulada à Lua, embora nenhum cronograma ainda tenha sido oficializado.

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