Presos na Operação Spoofing deflagrada nesta terça-feira (23), os quatro suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, foram transferidos para Brasília e devem prestar depoimento ainda hoje na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.
Nesta terça-feira, a PF prendeu um homem e uma mulher na capital paulista e outros dois homens em Araraquara e Ribeirão Preto. A ação foi determinada pelo juiz da 10.ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades foram hackeados – no mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio), ao juiz federal Flávio Lucas (18.ª Vara Federal do Rio) e delegados Rafael Fernandes, da PF em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.
Supostos diálogos mantidos no auge da investigação entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro foram vazados e publicados pelo site The Intercept Brasil. Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens a eles atribuídas.
A PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. Os mandados foram cumpridos pelo delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, que investigou o escândalo do mensalão.
Um dos endereços de buscas é a residência da mãe de um dos suspeitos, preso na capital paulista. Ele trabalha com shows e eventos, segundo investigadores. “As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados”, informou a PF.
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