Sucesso de ‘Game of thrones’ prova que TV está bem viva

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“Game of thrones” espalha um quebra-cabeças complexo. Com tantas mortes e reconfigurações territoriais na trama, o desenho final desse tabuleiro parece sempre cada vez mais remoto e difícil de completar. Essa multiplicidade de elementos alcança também a própria natureza do programa. É fantasia? Drama? Uma série de guerra? Romance? Trata-se, claro, de uma aventura fantástica, baseada na obra de George R.R. Martin, que se consagrou criando ficção científica e afins. Mas ela pode ser acompanhada de inúmeros pontos de vista, de acordo com o gosto do freguês. São muitos os jogos em questão.

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A trama das guerras é a que puxa a ação, com seus conflitos eletrizantes, as situações de perigo que os heróis atravessam e a cinematografia impressionante das cenas de batalha. Mas o enredo romântico, cheio de originalidade, também atrai. O público se prepara há muito tempo para ver a união de Daenarys (Emilia Clarke) e Jon Snow (Kit Harington). Ela, agora, vai se consolidar, mas há o impedimento do parentesco: ela é a tia dele. Eu disse “impedimento”? Talvez isso não signifique muito, já que um dos pares mais apaixonados da série é formado por irmãos, Cersei (Lena Headey) e Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau). Assim é “GoT”: vilania, iconoclastia, erotismo e a matança de personagens centrais são vetores que atravessam a história com a mesma força, o que nos faz concluir que ela pode ser classificada em mais de um gênero.

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A produção da HBO veio numa hora em que todos diziam que a televisão estava morrendo. Seu sucesso mundial provou justamente o contrário. Nesses anos, houve mais de um vazamento de episódio na internet. Muita gente assistiu antes da hora. Mas, surpresa das surpresas, o público em geral preferiu esperar para conferir o capítulo na TV, no domingo no horário da grade. Porque nessa hora se estabelece o grande debate mundial nas redes. Ninguém quer ficar fora dessa conversa. Isso diz muito de “GoT” e da própria televisão. Quando o programa é bom, ele tem presença em todas as telas. Como diz Claudia Sarmento na reportagem da página 2, a série “é um fenômeno que extrapolou as dimensões televisivas e está invadindo o mundo dos épicos eternos”.

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Verdade. Mas ela também serviu a engrandecer a televisão tradicional e a ampliar a sua força. O que significa que, no fim desta temporada, um lugar ficará vago. Outra boa série poderá ocupá-lo. Mas aí já é outro assunto.



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