Conforme noticiado pelo Olhar Digital, sensores acústicos da Marinha dos EUA detectaram a suposta implosão do submarino Titan, desaparecido no último domingo (18), cujos destroços foram encontrados na quinta-feira (22).
De acordo com o site The Wall Street Journal (WSJ), esses sensores podem fazer parte de um sistema norte-americano de espionagem subaquática ultrassecreto originalmente desenvolvido para rastrear submarinos da então União Soviética (URSS) – sucedida pela Rússia – na época da Guerra Fria (1947-1991).
Segundo a publicação, a adoção desse sistema teria sido motivada por constantes temores sobre submarinos soviéticos que poderiam lançar armas nucleares. Além disso, as tensões de hoje com a China reforçam a importância do recurso, já que a Marinha do Exército de Libertação Popular navega uma frota de dezenas de submarinos, incluindo seis que podem transportar mísseis balísticos.
Recordando o caso do submarino Titan:
- O submarino Titan desapareceu no domingo (18), pouco depois de iniciar uma de suas expedições turísticas até os destroços do Titanic (que se tornou o mais famoso naufrágio da história ao afundar no Atlântico Norte depois de colidir com um iceberg durante sua viagem de estreia, em 1912);
- Operado pela OceanGate Expeditions e construído com ajuda da NASA, o veículo pesava 10.432 kg e tinha capacidade para atingir até quatro mil metros com 96 horas de suporte de vida disponível para uma tripulação de cinco pessoas;
- Estavam a bordo do submarino: Stockton Rush (fundador e CEO da OceanGate), Shahzada Dawood (empresário paquistanês e curador do Instituto SETI), Suleman Dawood (filho de Shahzada, de 19 anos), Paul-Henry Nargeolet (explorador e ex-mergulhador da Marinha francesa) e Hamish Harding (presidente da empresa de corretagem de jatos Action Aviation, além de explorador recordista em vários segmentos);
- A tripulação perdeu contato com seu navio de base na superfície, o Polar Prince, uma hora e 45 minutos depois de iniciar a descida;
- Na terça-feira (20), a Guarda Costeira informou que os tripulantes eles tinham poucas horas de oxigênio disponível;
- No dia seguinte, sons de ‘batidas’ foram detectados pela operação de resgate;
- O mar agitado e a neblina dificultaram as buscas, de acordo com o suboficial Robert Simpson, porta-voz da Guarda Costeira;
- Agências, militares e empresas dos EUA e do Canadá que atuam em águas profundas ajudaram na operação de resgate, usando aviões, um submarino e sonoboias;
- Na quinta-feira (22), após pouco mais de três dias completos desde o desaparecimento, as autoridades concluíram não ser mais possível encontrar as vítimas com vida;
- Após as famílias serem informadas, o anúncio das mortes veio a público;
- Os destroços encontrados na área de busca indicam perda de pressão da cabine do submarino, o que gerou uma “implosão catastrófica”, segundo o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger.
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Por que o sistema de espionagem subaquático dos EUA é considerado ultrassecreto?
“Qualquer coisa que envolva a tríade nuclear é supersecreta”, disse Brynn Tannehill, analista técnica sênior da RAND (uma organização de pesquisa que desenvolve soluções para políticas públicas), referindo-se ao conceito estratégico de armas nucleares implantadas por terra, mar e ar. “E qualquer coisa que envolva capacidades de sensores dos EUA é supersecreta”.
O que se sabe é que no início da Guerra Fria, os norte-americanos começaram a trabalhar no que se tornaria o Sistema de Vigilância Sonora (SOSUS). Desenvolvido para detectar submarinos nucleares soviéticos, o SOSUS contava com uma rede de dispositivos de escuta chamados hidrofones fixados no fundo do mar. O próprio nome do programa só foi revelado anos depois do colapso da URSS.
No entanto, a localização e as capacidades dos hidrofones permanecem em sigilo absoluto até hoje.
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Sistema já foi usado em buscas subaquáticas antes do submarino Titan
O SOSUS já foi usado para encontrar embarcações naufragadas antes, como o USS Thresher, um submarino de propulsão nuclear que afundou em 1963 durante testes de mergulho ao largo de Cape Cod, Massachusetts, matando todas as 129 pessoas a bordo.
“O sistema permanece em uso hoje, e provavelmente detectou os ruídos causados pela implosão do Titan”, disse Tannehill ao WSJ. “Mas outros métodos de detecção também podem ter ajudado na busca”.
Ela destaca que a participação do SOSUS nesses casos nunca é explicada detalhadamente. “Assim que você começa a falar sobre sistemas de guerra antissubmarino e barcos no Atlântico Norte, você imediatamente atinge a liberação ultrassecreta”, disse a analista, ressaltando que se a Marinha não parece “particularmente solícita” é porque ela não tem autoridade presidencial para revelar seus segredos.
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