Nesta quinta-feira (7), o Sol lançou um jato de plasma em forma de halo completo em direção a Marte, como se fosse um anel de energia. Modelos da NASA sugerem um impacto direto na segunda-feira (11), que deve produzir auroras ultravioletas ao perfurar uma pequena parte da atmosfera do planeta.
Ocasionalmente, as erupções solares podem lançar ao espaço jatos de plasma magnetizado e radiação conhecidos como ejeções de massa coronal (CME). Desta vez, não há qualquer ameaça à Terra.
Por aqui, as auroras se formam quando a radiação do vento solar é absorvida pelos gases na atmosfera superior, o que excita as moléculas e faz com que elas liberem energia na forma de luz. Isso geralmente só acontece perto dos polos do globo, onde o campo magnético protetor do nosso planeta (magnetosfera) é mais fraco.
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Auroras de Marte são mais fracas em relação às da Terra
Marte, no entanto, tem uma atmosfera muito fina, com cerca de 100 vezes menos gás do que a da Terra. Dessa forma, suas exibições de aurora são muito fracas em comparação às daqui, e geralmente só aparecem em comprimentos de onda ultravioleta.
O Planeta Vermelho também não tem uma magnetosfera adequada por causa de seu núcleo geologicamente morto. Assim, é um mundo coberto por campos magnéticos irregulares, em forma de cogumelo.
Como resultado, de acordo com a NASA, as auroras podem aparecer em quase qualquer lugar de Marte. E, por causa da fraca blindagem magnética do planeta, algumas CMEs são capazes de “corroer” a atmosfera marciana.
Grandes auroras já foram vistas em Marte pelo menos três vezes pelos astrônomos. Primeiro, em 2004, quando a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), capturou luzes no hemisfério sul do planeta. Em seguida, dez anos mais tarde, foi a vez da sonda MAVEN (sigla em inglês para Atmosfera de Marte e Evolução Volátil), da NASA, detectar auroras no hemisfério norte.
Por fim, no ano passado, o orbitador Hope, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), avistou auroras bizarras em formato de cobras serpenteando pelo planeta.
Embora sejam poucos os registros de auroras poderosas, pesquisas sugerem que Marte pode ter outras muito mais frequentes e fracas, conhecidas como auroras de prótons.
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