Funcionários do YouTube estão preocupados com o Shorts, porque existe o risco dele “canibalizar” os vídeos de longa duração da plataforma. As informações são de um relatório interno da empresa, publicado pelo Financial Times (FT).
Para quem tem pressa:
- O Shorts preocupa funcionários graúdos do YouTube pelo seu potencial de “canibalizar” os vídeos de longa duração da plataforma;
- Membros sêniores da equipe do YouTube “discutiram o risco de que vídeos de longa duração, que geram mais receita para a empresa, estejam ‘desaparecendo’ como formato”, segundo um relatório publicado pelo Financial Times;
- A empresa desenvolveu esse cantinho para, nas próprias palavras da plataforma, complementar, não competir com os outros formatos usados por criadores de conteúdo;
- No entanto, os usuários aparentemente têm tido menos vontade assistir vídeos “do jeito clássico” do YouTube e assistido mais os no estilo TikTok;
- Assim como os espectadores, os anunciantes também estão favorecendo conteúdo de curta duração ao encomendar inserções de produtos.
Membros sêniores da equipe do YouTube “discutiram o risco de que vídeos de longa duração, que geram mais receita para a empresa, estejam ‘desaparecendo’ como formato”, segundo o documento. Essas discussões rolaram em reuniões estratégicas realizadas recentemente, de acordo com o FT.
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Shorts e vídeos longos
O Shorts é aquela parte do YouTube que parece o TikTok, com vídeos curtos no formato vertical (para encaixar na tela do seu celular logo de cara). A empresa desenvolveu esse cantinho para, nas próprias palavras da plataforma, complementar, não competir com os outros formatos usados por criadores de conteúdo.
No entanto, dados internos mostram que os creators estão “produzindo menos vídeos de longa duração – impulsionados pela falta de apetite do consumidor”, segundo o relatório. Ou seja, os usuários aparentemente têm tido menos vontade assistir vídeos “do jeito clássico” do YouTube – na horizontal, com dez minutos para cima de duração. E assistido mais vídeos “estilo TikTok”.
Essa mudança impacta, claro, a receita publicitária. Isso porque vídeos mais longos permitem mais publicidade e uma “taxa de cliques mais alta em anúncios para sites de comércio eletrônico”, de acordo com o relatório. Assim como os espectadores, os anunciantes também estão favorecendo conteúdo de curta duração ao encomendar inserções de produtos.
A preocupação dos funcionários do YouTube vem à medida que a plataforma relatou quedas na receita publicitária em três dos últimos quatro trimestres, embora tenha havido um aumento nas receitas mais recentes. Neste contexto, a plataforma ganhou uma arma contra “adblocks” (aqueles programas que bloqueiam anúncios) – e o YouTube Premium vai ficar mais caro no Brasil.
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