RIO – Com o fim do prazo para que sejam apresentados as Declarações do Controle de Estabilidade (DCE), a Vale
informou nesta segunda-feira que não conseguir apresentar o laudo para 17 barragens localizadas em Minas Gerais
. As estruturas serão interditadas, como parte do protocolo de segurança — sete delas já estavam com as atividades paralisadas por este motivo, e dez passarão por este processo a partir de agora. Entre elas, está a barragem VI da Mina Córrego do Feijão, afetada pela tragédia de Brumadinho
em janeiro. A renovação do status de estabilidade ocorreu, segundo a mineradora, em 80 reservatórios.
Já estavam interditadas, por elevação dos níveis dos alertas de segurança, as barragens de Barão de Cocais (B3 e B4), Macacos, Vargem Grande, Ouro Preto (Forquilha I, II, III e Grupo). Neste conjunto, há três estruturas com risco de nível 2 e quatro em nível 3, o máximo indicativo de possibilidade de rompimento.
Sem o laudo e elevadas ao primeiro patamar de emergência, as 10 barragens interditadas são: Dique Auxiliar da Barragem 5, da Mina de Águas Claras; Dique B e barragem Capitão do Mato, da mina de Capitão do Mato; barragem Maravilhas II, do complexo de Vargem Grande; dique Taquaras, da mina de Mar Azul; barragem Marés II, do complexo de Fábrica; barragem Campo Grande, da mina de Alegria; barragem Doutor, da mina de Timbopeba; Dique 02 do sistema de barragens de Pontal, do complexo de Itabira e a barragem VI, da mina do Córrego de Feijão.
Em nota, a Vale informou que “está trabalhando com seus técnicos e especialistas de renome mundial em investigações complementares para garantir que o modelo utilizado pelos auditores externos está adequado e já está planejando medidas de reforço para o incremento dos fatores de segurança destas estruturas”. Segundo a empresa, a produção nas referidas localidades só será retomada quando for possível assegurar a segurança das estruturas em questão.