‘Se eu pudesse escolher um lugar para fazer o maior show da minha carreira, não teria lugar melhor que a Praia de Copacabana’

13
Anúncio Patrocinado

Hoje o artista brasileiro mais ouvido no mundo, e DJ com destacada carreira internacional, o goianiense Alok Achkar Peres Petrillo tinha 14 anos — e ficou de queixo caído — quando os Rolling Stones tocaram para mais de 1 milhão de pessoas em 18 de fevereiro de 2006, nas areias em frente ao Copacabana Palace. Dezessete anos depois (agora que a música fez dele um símbolo do Brasil no exterior, tanto quanto o Copa), chega este sábado, às 20h, a vez de Alok repetir a experiência dos Stones, em uma apresentação aberta à multidão para comemorar dois aniversários — o do hotel (100 anos) e o seu próprio (32).

  • Como no réveillon: show de Alok terá esquema de segurança com revista e uso de detectores de metal
  • Superprodução: show de Alok terá balsa de fogos e queima sincronizada com música

— Se eu pudesse escolher um lugar para fazer o maior show da minha carreira, e que fosse um palco para o mundo, não teria lugar melhor que não fosse a praia de Copacabana — emociona-se o DJ, em entrevista por Zoom, da Croácia, onde chegou depois de passar pelo Rio (para conhecer o palco em forma de pirâmide onde se apresentará) e depois por shows em Boston, Montreal, Baltimore, Orbia (na Sardenha), Cadiz e Mallorca.

— Na semana seguinte, tem The Town (dia 3, o DJ é atração do palco principal do festival paulistano, o Skyline) e depois tem a ONU (em Nova York), onde eu vou fazer o lançamento do álbum “O futuro é ancestral” (realizado em parceria com representantes dos povos originários brasileiros) — conta ele. — Passaram-se apenas três meses desde que a ideia do show em Copacabana foi apresentada para mim, acabei tendo que mudar minha agenda para viabilizar isso. Mas quando veio a proposta, eu nem pensei duas vezes, era um projeto que tinha que ser feito.

E o convite para protagonizar este que está sendo anunciado como o “show do século” foi feito por Abel Gomes, VP criativo da SRCOM, conhecido pelos espetáculos criados para os mais recentes réveillons de Copacabana, pela árvore de Natal da Lagoa e pela iluminação do show de Frank Sinatra no Maracanã, em 1980. Ano passado, ele foi sondado pela gerência geral do Copa (onde trabalhou na adolescência, fazendo pinturas no Golden Room) para criar um evento vistoso de comemoração do centenário do hotel.

  • Glamour de volta: Réveillon com fogos foi ‘inventado’ no Copacabana Palace para entreter público do Golden Room

— O Copacabana Palace está completando 100 anos, mas, para mim, ele não é velho. Ele vai viver mais 100, mais 200 anos. Então a minha sugestão era de que a gente fizesse um grande espetáculo com um artista jovem, ou com um que atingisse todas as idades. E aí veio o nome do Alok, a questão era só saber se ele topava — revela Abel.

Para o DJ, a responsabilidade em comandar a massa esperada de 1 milhão de pessoas é gigantesca.

— Estou me dedicando muito nesse show para que as pessoas tenham um momento bom, para que elas possam guardar memórias boas desse dia — jura. — É muito importante para mim conseguir harmonizar todo o campo energético da galera, para gente entrar numa onda legal assim. Eu me preocupo com todos os pontos e não só com show, quero saber como é que as pessoas estão chegando, como elas estão indo embora… e estou fazendo vários blocos durante o show. Vai ter um, inclusive, com escolas de samba. Quero me conectar com o Rio e a melhor forma de fazer isso é através da música.

Alok diz que o sábado será só de alegrias, e que só uma coisa o aflige:

— É o clima. Tem previsão de chuva e isso afeta muito o meu show. Mas estou fazendo aqui as minhas orações! Estou pedindo a todos os santos, os orixás e os ancestrais para que pelo menos aquelas duas horas não chova.

  • Por um triz: Copacabana Palace escapou de ser demolido e terreno, de virar pista de skate; entenda

A apresentação do DJ terá exibição ao vivo pelo canal Multishow, a partir das 20h. Também será possível acompanhar o show através do Globoplay, que estará disponível inclusive para não-assinantes. Além disso, a TV Globo irá transmitir os melhores momentos da noite após o término do evento.

Samba e música eletrônica

Com o auxílio do percussionista, cantor e compositor Pretinho da Serrinha, Alok incluiu ao seu espetáculo 120 ritmistas e doze casais de mestre-sala e porta-bandeira das 12 escolas de samba do grupo especial do Rio.

— O samba entrando na batida quatro por quatro do eletrônico deu uma energia muito boa, foi muito simples de fazer essa mistura. Acho até que a música eletrônica vem do samba! A gente conseguiu trazer as duas personalidades, tanto a minha quanto a das escolas de samba, e ficou uma coisa muito harmônica — promete ele, que criou com Pretinho a música “Drum machine”, que será apresentada em primeira mão na noite, junto com um remix de “É hoje”, clássico samba-enredo de 1982, da União da Ilha. — E o mais legal é que eu consegui remixar a música sem perder a identidade dela!

  • De família milionária: Octávio Guinle construiu o Copacabana Palace depois ser deserdado; entenda

Especialmente para a noite, Abel Gomes criou a estrutura em forma de pirâmide, com altura aproximada de 12 andares, coberto com LEDs de altíssima definição, que formam painéis onde serão exibidos os vídeos que fazem parte do show de Alok.

— Dependo muito da tecnologia do LED, do laser e da luz porque eu não sei cantar e não tenho banda. Preciso ter algumas coisas para me ajudar a entreter a galera. E o que eu mais curti nesse palco em forma de pirâmide é que ele me permite ter uma visão de 360 graus — conta o DJ, que ficará em cima de uma plataforma giratória. — Eu fiz um show no réveillon de Fortaleza no começo do ano e tinha 1 milhão de pessoas, mas eu só conseguia ver, sei lá, umas 70 mil pessoas, o restante eu perdia de vista. Agora com esse palco, e daquela altura, eu posso me conectar com todo mundo.

Abel Gomes explica a sua criação:

Alok fará show em pirâmide gigante na Praia de Copacabana

— A pirâmide é um símbolo de resistência ao tempo, assim como o Copacabana Palace. Segundo um ditado egípcio, o ser humano tem medo dos ventos, mas os ventos têm medo das pirâmides — ensina. — E ter o Alok no topo da pirâmide, tocando em 360 graus para mais um milhão de pessoas seria uma coisa incrível para comemorar os 100 anos do Copacabana Palace. Na hora que alguém fotografar, seja do céu, do mar ou da terra, só quem vai brilhar é aquela pirâmide com o Alok. Teremos um cristal luminoso para todos os cariocas e turistas.

Depois de tocar para o esperado 1,5 milhão de pessoas na praia, Alok segue para os salões do hotel, onde discotecará novamente, só que numa festa para convidados, de comemoração dos 100 anos do hotel. Mais uma de suas apresentações para o público brasileiro que, segundo ele, estão se tornando cada vez mais raras.

11885440 'Se eu pudesse escolher um lugar para fazer o maior show da minha carreira, não teria lugar melhor que a Praia de Copacabana'

Veja como ficará a iluminação do palco para apresentação do DJ Alok

— A demanda no exterior está muito grande, eu fico mais tempo no Brasil mesmo é por causa da família — conta ele, que se casou em 2019, no Cristo Redentor, com a médica Romana Novaes e hoje é pai de Ravi e Raika. — Mas estou trazendo as crianças comigo em alguns momentos, acredito que a partir do ano que vem já devo ter uma agenda de oito meses fora e quatro meses no Brasil, que é um dos países que mais têm festa por metro quadrado. Eu teria agenda lotada o ano inteiro, porque no Brasil eu sou um artista do mainstream, mas o desafio agora é atender a essa demanda do exterior.

Anúncio