A NASA deve enviar um novo rover para o pólo sul da Lua em 2023, a fim de encontrar depósitos de água congelada que se escondem nas sombras lunares e, com sorte, descobrir uma forma de usá-la para sustentar missões tripuladas do futuro – como as previstas no Programa Artemis.
De acordo com o comunicado, a equipe do projeto já começou a ser montada, com o professor associado Kevin Lewis, do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Krieger School, como co-investigador da missão. Lewis já desempenhou papéis similares em missões de exploração em Marte e, usando o sistema de navegação remota do novo rover, ele deve analisar a geologia da parte subterrânea da superfície da Lua de seu escritório.
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“Nós vamos olhar para dentro de sombras que nunca viram a luz do Sol, ou mesmo foram vistas por olhos humanos”, disse Lewis. “Então, pode ser que a região tenha um tipo bem diferente de superfície se comparada ao que vimos em outras fotos que mostram a Lua”.
A Lua, por si, não tem nem produz água. Devido à sua formação vinda de um impacto de um corpo planetário com a Terra, as temperaturas que sucederam o choque eram altas demais para que moléculas de água pudessem se manter. Entretanto, choques com meteoros ao longo de sua história fizeram com que depósitos dessas moléculas se formassem em áreas sombreadas do satélite.
E essas sombras não são apenas o lado escuro: o rover também investigará as crateras de impacto da Lua, já que as deformações causadas por choques com os meteoros alteraram o terreno de forma permanente, causando elevações e depressões que, mesmo no lado mais iluminado do satélite, permanecem escondidos do Sol. É nessas sombras que o gelo tem se formado.
“Por isso, ao longo do tempo, os depósitos de gelo podem se acumular nessas regiões permanentemente escuras, e podem ser, basicamente, a única fonte de água em toda a Lua disponível em quantidades que possamos utilizar”, disse Lewis.
O rover que buscará a água congelada da Lua se chama Rover de Exploração e Investigação Polar de Voláteis – ou “VIPER”, na sigla em inglês – e está atualmente em processo de montagem no Centro Espacial Johnson, da NASA, em Houston, Texas. Trata-se de um veículo de condução remota mais ou menos do tamanho de um carrinho de golfe, mas robusto o suficiente para resistir a ambientes extremos.
Ele não apenas vai “buscar” a água, mas analisar diversos fatores de sua presença: se o gelo é superficial ou profundo, qual a quantidade disponível, em que forma ele está disponível etc. Devido à região onde ele atuará ser incrivelmente acidentada, ele contará com quatro rodas de ação independentes (4WD, para os entusiastas dos automóveis), com capacidade de subir elevações de terreno de até 30 graus.
No que tange à temperatura da Lua (225º C nas áreas iluminadas e -205º C nas sombras), o formato de caixa do rover permite que seus instrumentos sejam protegidos e, atualmente, a NASA está calibrando esses instrumentos para manter a exatidão de suas leituras durante essas flutuações climáticas. Vale lembrar que, embora vá atuar nas sombras, o VIPER deverá reaparecer na luz de tempos em tempos, tendo em vista que ele é movido a energia solar e precisará recarregar suas baterias.
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