Ri Happy investe R$20 mi em ferramenta com assistente de voz do Google

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Em vez de ver o celular como um rival na luta pela atenção das crianças, a varejista de brinquedos Ri Happy vai passar a usá-lo como aliado.

A companhia está investindo 20 milhões de reais em um novo programa de fidelidade que será o primeiro no Brasil a usar a tecnologia do assistente de voz do Google, segundo a empresa informou em primeira mão a EXAME.

Batizado de “Meu Solzinho” em alusão ao mascote da empresa, o programa vai oferecer aos clientes descontos em presentes e dinheiro de volta, além de jogos para as crianças e conteúdo informativo para os pais.

“A ferramenta foi criada pensando em estar ao lado das famílias durante os momentos importantes da vida das crianças”, diz o presidente da Ri Happy, Héctor Nuñez. “O programa se integra com nossas lojas físicas e com nossa estratégia digital.”

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As crianças que ainda não sabem ler poderão usar a ferramenta apenas falando com o mascote Solzinho — que, após mais de duas décadas de vida, ganhou pela primeira vez uma voz oficial. O foco são as crianças entre quatro e oito anos de idade.

Pelo lado dos pais, a Ri Rappy vai oferecer benefícios como descontos aos clientes frequentes e a opção de retirar um brinde nas lojas em momentos especiais, como quando a criança deixar a chupeta ou quando o primeiro dentinho de leite cair. Ao mesmo tempo, o aplicativo trás informações relacionadas a cada etapa, como dicas para convencer os pequenos a abandonar a chupeta.

Os pais também terão desconto no mês de aniversário das crianças ou 5% do dinheiro de volta ao fazerem uma lista de presentes na Ri Happy. Quanto mais frequentes as compras, maiores serão os descontos e benefícios. Neste primeiro momento, uma parceria com a Mattel (dona da boneca Barbie e dos carrinhos Hot Wheels) vai dar ainda 15% de desconto nos produtos da marca.

Por ora, o programa está em fase de testes apenas na cidade de Campinas (SP). Novas cidades devem ganhar a funcionalidade até outubro, antes do Dia das Crianças, e o lançamento oficial está previsto para janeiro de 2020. Os clientes poderão usar a ferramenta tanto pelo Google Assistente (dizendo “Falar com Solzinho Ri Happy” em qualquer celular Android) quanto pelo aplicativo próprio da companhia, que já está disponível nacionalmente.

Fundada em 1988 em São Paulo (SP), a Ri Happy é a maior varejista de brinquedos do Brasil e tem hoje 279 lojas no Brasil, incluindo as da marca PBKids, adquirida em 2012.

O programa de fidelidade faz parte de um processo de transformação digital da empresa iniciado em 2017. A ideia de usar a voz como centro do novo projeto veio da diretora de marketing do grupo e uma das líderes da nova empreitada, Flavia Drummond, que percebeu como seus dois filhos pequenos costumavam brincar com o assistente de voz do Google com frequência.

“Hoje a criança aprende a ler com cerca de seis anos, mas, antes disso, tudo é feito por voz”, diz Flávia. “Antes o mundo era mobile first [“móvel primeiro”]. Agora, é voz first.”

A iniciativa da Ri Happy também surge em um momento em que o próprio Google busca alavancar sua tecnologia de voz. O Brasil é o terceiro maior mercado do Google Assistente e, neste ano, as startups escolhidas para o programa de residência no Google Campus em São Paulo tiveram como foco usar (e aprimorar) o assistente de voz da companhia. Uma a cada cinco pesquisas no mundo são feitas falando, e o Google espera que metade seja feita dessa forma até 2020.

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Héctor Nuñez, presidente da Ri Happy: foco em integrar o físico ao digitalDivulgação

Cada vez mais digital

O processo de aumentar a participação digital deve continuar com força na Ri Happy em 2019. A opção de retirar uma compra online em uma das lojas físicas, hoje disponível em 80 lojas, vai chegar a todas as unidades até o fim do ano, segundo Nuñez. Com lojas em todos os estados brasileiros (com exceção do Acre), a empresa também vai aumentar o número de unidades equipadas para enviar o produto direto para a casa dos clientes, de seis lojas para mais de 30 até o fim de 2019.

Os investimentos logísticos vão permitir, de acordo com o presidente, que a Ri Happy consiga entregar pedidos entre quatro horas e um dia em todo o território nacional nos próximos meses. (As empresas brasileiras ainda demoram uma média de 13 dias para entregar um produto, segundo a empresa de dados de e-commerce Compre & Confie.)

O novo programa de fidelidade também vai inaugurar na Ri Happy a opção de compras pelo aplicativo — até então, o comércio online era feito apenas pelo site. Para as varejistas, ter clientes fiéis e que mantenham um aplicativo da empresa instalado no celular é importante porque aumenta a frequência de compra, mas com menos custos em marketing.

Controlada pelo fundo de investimentos americano Carlyle e com planos de abrir capital na bolsa, a Ri Happy ainda não revela quanto de seu faturamento vem do comércio eletrônico, mas, segundo Nuñez, as vendas por meios digitais cresceram na casa dos dois dígitos nos últimos quatro anos. Em 2017, ano dos últimos dados disponíveis, a Ri Happy faturou 1,7 bilhão de reais, 4% mais do que em 2016, e lucrou 6,3 milhões de reais, revertendo prejuízo do ano anterior.

Brinquedos em crise?

Pela concorrência com a internet — sobretudo em sites que vendem de tudo, como Amazon e Mercado Livre –, as lojas especializadas em brinquedos vêm fechando as portas e a Ri Happy foi a única rede com alcance nacional que restou no Brasil.

As vendas de brinquedos na internet subiram mais de 30% entre 2017 e 2018, segundo a consultoria eBit/Nielsen, embora a categoria ainda responda por somente 2% dos pedidos no e-commerce brasileiro. No geral, o faturamento do segmento de brinquedos cresceu 7,5% em 2018 em comparação a 2017, para 6,9 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos.

Na busca por aumentar sua participação online, o plano da Ri Happy é usar as lojas físicas como um ativo. Como mostrou reportagem de EXAME em março, a empresa vem deixando suas lojas mais atrativas, com jogos, brincadeiras e vendedores especializados. “Nosso foco é o multicanal”, reforça Nuñez. “O programa Meu Solzinho foi pensado não só para o online, mas para também levar as famílias às lojas, para a retirada dos brindes, por exemplo”, diz.

As crianças entre cinco e 15 anos passam em média mais de 5 horas por dia no celular, segundo um estudo feito pelo app ParentGuardian entre seus usuários. Embora os usuários mais velhos puxem a média para cima, tornou-se comum ver crianças pequenas em restaurantes ou lugares públicos sem desgrudar os olhos dos celulares dos pais.

Com o Meu Solzinho, a Ri Happy quer usar esse tempo de tela a seu favor, mas promete que também vai incentivar as crianças a deixarem o celular de lado e interagir no mundo offline. “Quando a criança estiver há muito tempo no celular, vai receber uma notificação para ir brincar lá fora”, diz Flávia.

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