Resolução do Grupo de Lima frusta expectativas da oposição venezuelana

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RIO —   Os 13 países que formam o chamado Grupo de Lima divulgaram nesta segunda-feira um comunicado sem grandes anúncios em relação à ofensiva da região contra o governo do presidente Nicolás Maduro, após encontro no Chile, frustando as expectativas da oposição venezuelana.

Embora os Estados Unidos tenham reforçado as pressões através do secretário de Estado Mike Pompeo para que governos do continente adotassem sanções contundentes contra a Venezuela, o Grupo de Lima fez apenas um chamado para que “a comunidade internacional continue adotando sanções contra o regime ilegítimo de Maduro”, sem especificar se alguns de seus membros adotaria medidas no curto ou médio prazo.

O grupo também rechaçou a “ingerência estrangeira” na Venezuela, em clara referência à presença de enviados dos governos da Rússia e Cuba, e exigiu a “imediata retirada dos serviços de inteligência, segurança e forças militares” que estejam em território venezuelano “sem o amparo da Constituição”. Mês passado, dois aviões russos chegaram a Caracas com 35 toneladas de material militar e cerca de 100 técnicos e oficiais militares do país.

Em declarações à imprensa, o ex-presidente da Assembleia Nacional (AN) venezuelana, Julio Borges, no exílio há vários meses, afirmou que “a velocidade da crise está superando nossa capacidade de resposta”.

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—  O papel do Grupo de Lima, junto com os EUA, é o de liderar o tema venezuelano. Este grupo deve adotar sanções — frisou Borges, destacando medidas deste tipo implementadas nas últimas horas pelo governo do Canadá.

Antes da reunião, o presidente chileno, Sebastián Piñera, disse estar convencido que “os dias do ditador Maduro estão contados”.

O Grupo de Lima pediu ainda mais ações por parte das Nações Unidas e de seu Conselho de Segurança para “brindar assistência humanitária à população” (venezuelana) e fez um apelo especial a  “Rússia, China, Cuba e Turquia pelo impacto negativo que seu respaldo ao regime de Madura causa em nossa região”.

O Canadá, um dos países que fazem parte do Grupo do Lima, anunciou nesta segunda-feira sanções contra 43 pessoas do governo venezuelano. Embora o comunicado não forneça nomes, indica que são “altos funcionários do regime de Maduro, governadores regionais e / ou pessoas diretamente envolvidas em atividades que prejudicam as instituições democráticas”.

O país já havia emitido punições contra 70 pessoas ligadas ao governo. Fontes chilenas e da oposição venezuelana disseram no fim de semana ao GLOBO que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, estava pressionando os países vizinhos da Venezuela a adotar sanções contra Maduro.



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