Uma análise recém-publicada sobre a radiação da superfície lunar não traz notícias animadoras. De acordo com os dados divulgados, os próximos seres humanos que pisarem na Lua enfrentarão níveis radioativos 200 vezes maiores que os registrados na Terra, o que pode ocasionar sérios riscos à saúde.As informações foram medidas em janeiro de 2019 pelo rover Chang’e, da China, e analisadas por cientistas alemães e chineses num estudo publicado na última sexta-feira (25) na Science Advances. Os resultados da análise mostraram que a dose média diária de radiação na Lua é de 1.369 microsieverts, cerca de 2,6 vezes maior que na Estação Espacial Internacional (ISS).Por estar na órbita terrestre baixa, a ISS é parcialmente protegida pela atmosfera da Terra, que bloqueia grande parte da radiação vinda do espaço. A Lua, por outro lado, está situada no que chamamos de espaço profundo – isto é, muito distante de qualquer proteção terrestre. Por isso, sua superfície é constantemente bombardeada por raios cósmicos, partículas solares, nêutrons e raios gama resultantes das interações entre a radiação espacial e o solo lunar. Tudo isso sem nenhum escudo protetor. ReproduçãoRadiação na Lua é um desafio para as missões tripuladas ao satélite. Imagem: NasaSegurança reforçadaA análise alerta que os males causados pela exposição crônica à radiação incluem catarata, câncer e doenças degenerativas do sistema nervoso central. Não à toa, a Nasa elegeu este como um dos cinco maiores desafios das viagens espaciais. Isso não significa, contudo, que as futuras missões tripuladas à Lua não sejam seguras. O estudo, na verdade, não desaconselha a exploração lunar, mas fornece informações relevantes para melhorar as medidas de precaução adotadas nas viagens ao satélite. De acordo com a Nasa, os veículos utilizados para levar astronautas ao espaço profundo terão blindagem especial, além de serem equipados com dosímetros e alertas. A agência também se dedica a investigar e desenvolver materiais melhores e mais seguros para os trajes espaciais. Esses esforços são ainda mais indispensáveis quando se considera a ambição de levar seres humanos para Marte. Por ser mais longa, uma viagem ao planeta vermelho implicaria uma dose muito maior de radiação. De qualquer forma, nada disso é novidade para a agência espacial – a missão Apollo levou dosímetros à Lua no pouso de 1969, mas as medições nunca foram divulgadas. Via: CNN
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