Os pesquisadores de inteligência artificial da Microsoft ficaram impressionados com um novo sistema de inteligência artificial que estavam desenvolvendo no ano passado.
- Conforme relatou o The New York Times, um relatório da empresa revela que os pesquisadores pediram para a IA resolver um quebra-cabeça que exigiria capacidades humanas;
- No estudo, os cientistas exploraram as diferenças entre o GPT-3 e o GPT-4;
- O GPT-3 ficou confuso dando respostas que não funcionariam no mundo real, enquanto o GPT-4 retornou uma resposta coerente que resolveria o desafio.
O estudo “Sparks of Artificial General Intelligence” (Faíscas da Inteligência Artificial Geral, em tradução livre), analisou alguns desafios de matemática, capacidade de codificação de computador e diálogo.
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Como parte dessas análises, os cientistas pediram para que as duas versões do chatbot da OpenAI (GPT-3 e GPT-4) resolvessem um exercício de raciocínio:
“Aqui temos um livro, nove ovos, um notebook, uma garrafa e um prego. Por favor, diga-me como empilhá-los uns sobre os outros de maneira estável.”
A versão mais antiga da IA generativa deu uma resposta insatisfatória, sugerindo que os pesquisadores poderiam equilibrar ovos em cima de um prego e colocar o notebook em cima disso. Algo que definitivamente não funcionaria.
Quando o mesmo desafio foi proposto ao GPT-4, a resposta surpreendeu com sua capacidade de entender o mundo físico. Para resolver o quebra-cabeça, o GPT-4 sugeriu equilibrar os ovos em cima do livro, dizendo para organizar os ovos em três fileiras com espaço entre eles, tomando cuidado para não quebrar.
“Coloque o laptop em cima dos ovos, com a tela voltada para baixo e o teclado voltado para cima. O laptop caberá perfeitamente dentro dos limites do livro e dos ovos, e sua superfície plana e rígida fornecerá uma plataforma estável para a próxima camada.”
Com essa solução, os pesquisadores disseram no artigo que acreditavam que o GPT-4 era um passo em direção à AGI, uma inteligência artificial capaz de realizar as mesmas coisas que o cérebro humano.
Sébastien Bubeck, principal autor do estudo, disse que a tecnologia conseguiu realizar muitas coisas que imaginava que a IA seria incapaz.
Ainda assim, a ferramenta não se compara a capacidade raciocínio de humanos:
Nossa afirmação de que o GPT-4 representa um progresso em direção à AGI não significa que seja perfeito no que faz. Ou que chega perto de ser capaz de fazer qualquer coisa que um ser humano pode fazer.
Pesquisadores da Microsoft.
Bill Gates também lançou um desafio para a IA
Em postagem no seu blog, “GatesNotes”, Bill Gates, fundador da Microsoft, lembrou de um desafio que lançou para a equipe da OpenAI.
No desafio, Gates pediu que treinassem uma IA para realizar uma prova de biologia que necessitava, além de fatos científicos, raciocínio crítico sobre a área. Lançado o desafio, o magnata acreditava que a prova levaria entre dois ou três anos para ser completa. No entanto, segundo ele, a equipe da OpenAI conseguiu concluir em “apenas alguns meses”.
Com informações de Business Insider.
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