Quem paga a conta é o mais pobre, diz Maia sobre fala de Carlos Bolsonaro

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 10, que declarações como a do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, que questionam a democracia, causam insegurança aos investidores nacionais e estrangeiros e atrapalham o crescimento do País, o que, na avaliação dele, prejudica os mais pobres.

Maia afirmou que os agente públicos precisam ter responsabilidade sobre o que falam. “É uma declaração que não cabe num País democrático. […] Frases como essa devem colaborar muito com a insegurança dos empresários brasileiros e estrangeiros de investir no Brasil. A conta das nossas frases quem paga é o povo mais pobre. Cada um de nós tem que refletir e tomar muito cuidado com o que diz”, disse.

Nesta segunda-feira, 9, nas redes sociais, Carlos Bolsonaro disse que, por meios democráticos, não haverá as mudanças rápidas desejadas no País. O presidente da Câmara declarou ainda que o crescimento abaixo das expectativas é consequência também desse tipo de comportamento.

“Tem alguma variável de sinalização que os agentes públicos estão dando, de todos os Poderes, que está gerando insegurança aos investidores. A gente tem que compreender os motivos de uma redução tão drástica da nossa expectativa de crescimento deste ano”, afirmou.

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Maia julgou também que a situação da Venezuela, ao abrir mão de um sistema democrático, fez com que ninguém mais quisesse investir lá. “Democracia é o sistema que dá estabilidade aos países, confiança, tranquilidade para investimentos a longo prazo, que é o que precisamos para gerar empregos”, concluiu.

Amazônia

O deputado disse ainda que o Catar ofereceu ajuda ao Brasil para ações de preservação da Amazônia. Ele, no entanto, não deu maiores detalhes sobre a questão.

Maia voltou hoje de uma viagem de seis dias que incluiu o país árabe, contou que a preocupação com a floresta é do mundo inteiro. Maia disse que relatará a oferta do Catar aos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Agricultura, Tereza Cristina. “É um país amigo do Brasil que tem interesse de colaborar. Isso mostra que há uma preocupação não apenas da Europa com a preservação da floresta amazônica”, disse.



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